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Manter um padrão regular de horário de sono pode ser importante para a saúde
Estudo indica que pessoas com horários irregulares de sono podem pesar mais, ter glicemia mais alta e maior risco de doenças
Divulgação
Em um estudo envolvendo 1.978 adultos publicado online em 21 de setembro pela revista Scientific Reports, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Clínicas e da Divisão de Saúde da Universidade Duke, nos Estados Unidos, descobriram que pessoas com padrões irregulares de sono pesavam mais, tinham níveis mais altos de açúcar no sangue, pressão arterial mais alta e maior risco de ter um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral dentro de 10 anos do que aqueles que dormiam e acordavam no mesmo horário todos os dias.
Pessoas com padrões irregulares de sono também eram mais propensos a relatar depressão e estresse do que os que dormem regularmente. Os afro-americanos tiveram os padrões de sono mais irregulares em comparação com os participantes que eram brancos, chineses-americanos ou hispânicos, mostraram os dados. Os resultados mostram uma associação – não uma relação de causa e efeito – entre regularidade do sono e saúde cardíaca e metabólica.
“Do nosso estudo, não podemos concluir que a irregularidade do sono resulte em riscos para a saúde, ou se as condições de saúde afetam o sono”, disse a Dra. Jessica Lunsford-Avery, professora assistente em psiquiatria e ciências comportamentais e principal autora do estudo. “Talvez todas essas coisas estejam impactando umas às outras.” Ainda assim, os dados sugerem que o rastreamento da regularidade do sono pode ajudar a identificar pessoas em risco de doenças e onde as disparidades de saúde podem afetar grupos específicos, como afro-americanos.
“As doenças cardíacas e diabetes são extremamente comuns nos Estados Unidos, são extremamente caras e também são as principais causas de morte neste país”, disse a pesquisadora. “Na medida em que podemos prever indivíduos em risco para essas doenças, podemos ser capazes de prevenir ou retardar o seu início.”
Os participantes usaram dispositivos que rastreavam os horários de sono, para que os pesquisadores pudessem observar se até mesmo mudanças sutis – apenas diferenças de minutos – estavam ligados à saúde dos participantes. As idades dos participantes variaram de 54 a 93 anos, e pessoas com distúrbios do sono diagnosticados, como a apneia do sono, não foram incluídas.
O estudo também acompanhou a duração do sono dos participantes e o momento preferido – se alguém dormia cedo ou então muito tarde. De acordo com essas medidas, as pessoas com hipertensão tendem a dormir mais horas, e as pessoas com obesidade tendem a ficar acordadas até mais tarde.
Das três medidas, no entanto, a regularidade foi a melhor para prever o risco cardíaco e metabólico das pessoas, descobriram os pesquisadores. Como era de se esperar, os que dormiam irregularmente experimentavam mais sonolência durante o dia e eram menos ativos – talvez porque estivessem cansados, disse a Dra. Jessica Lunsford-Avery.
Pesquisadores planejam realizar mais estudos por longos períodos, na esperança de determinar como a biologia causa mudanças na regularidade do sono e vice-versa.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Duke (em inglês).
Fonte: Samiha Khanna, Universidade Duke. Imagem: Divulgação.
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