Notícia
Mais saúde e qualidade de vida para mulheres com endometriose
Projeto Mulheres e Novelos desenvolve série de atividades de orientação e troca de experiências sobre a doença, que afeta de 10% a 15% das mulheres em fase reprodutiva
Viktor Braga/UFC
Fonte
UFC | Universidade Federal do Ceará
Data
quinta-feira, 13 junho 2019 10:40
Áreas
Saúde da Mulher. Saúde Pública.
Mulher, endometriose, dor, corpo e saúde. Essas são as principais temáticas do projeto de extensão Mulheres e Novelos, criado em 2015 pela professora Dra. Tatiana Zylberberg, do Instituto de Educação Física e Esportes (IEFES) da Universidade Federal do Ceará (UFC). A endometriose é a presença incomum de células do endométrio ‒ membrana que recobre o útero internamente ‒ em outras partes do abdômen. A doença, que afeta de 10% a 15% das mulheres em fase reprodutiva em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda é pouco compreendida. Ela pode provocar cólicas intensas, desconforto, inchaços abdominais, dores pélvicas, dores na relação sexual e até levar à infertilidade.
Ainda não há cura para a endometriose, mas o tratamento multiprofissional, juntamente com a mudança de hábitos, pode diminuir os sintomas e propiciar mais qualidade de vida. Desde 2017, o Projeto Mulheres e Novelos acolhe as pacientes atendidas pelo Ambulatório de Dor Pélvica da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH.
Nas manhãs de sexta-feira, dia em que a Maternidade-Escola recebe as pacientes do ambulatório, a professora Tatiana Zylberberg e os bolsistas do projeto fazem um convite às mulheres que aguardam a consulta: conversar sobre a endometriose a partir das dúvidas e angústias de cada uma. “Há mulheres que não se sentem compreendidas. Há outras apavoradas pelo adoecimento e dor ininterrupta, num processo muito solitário e sofrido. Por isso, também criamos um grupo de WhatsApp que reúne atualmente 95 mulheres, que compartilham suas jornadas em busca de ‘sair’ da dor”, diz a Dra. Tatiana.
O nome do projeto, Mulheres e Novelos, faz uma analogia com o emaranhado, tanto da complexa endometriose que “enovela” o corpo por dentro, como do emaranhado externo e multidimensional dos problemas físicos, pessoais e sociais decorrentes do diagnóstico tardio, da falta de amparo multiprofissional e/ou familiar. Para desentrelaçar esses “nós”, a Dra. Tatiana explica que é importante priorizar e planejar, “soltando” um fio por vez.
“Pacientes com diagnóstico tardio e dores crônicas estão sofrendo mais do que deveriam”, afirma a especialista, ao relatar que já foram ouvidas mais de 200 pacientes da Maternidade-Escola e mais de 250 estudantes da UFC, além das mulheres que buscam o projeto pelas redes sociais e/ou participam das ações itinerantes. Muitas delas enfrentaram momentos de extrema dificuldade, mas conseguiram encontrar caminhos de leveza e serenidade.
“Ajudar a tecer uma rede de apoio tem sido uma ação fundamental do projeto, principalmente para as mulheres que residem no interior do Estado, onde os recursos multiprofissionais ainda são escassos. Ao longo destes anos, pude presenciar menos choro incontrolável e mais sorrisos felizes. Segurei no colo mulheres e bebês. Vi de pertinho e, mesmo distante, mulheres com endometriose engravidarem, gestarem vida no ventre ou fora dele”, explica a professora sobre as diversas motivações para a continuidade do projeto.
Como ser atendida
O projeto Mulheres e Novelos tem um canal no YouTube com vídeos sobre diversas temáticas, apresentando também informações científicas em linguagem mais acessível ao público leigo. Nas mídias sociais (Facebook e Instagram) do projeto são publicados conteúdos reflexivos, convites para encontros presenciais e diferentes materiais produzidos pela equipe do projeto. Quem desejar participar dos encontros na Maternidade-Escola deve entrar em contato com a equipe do projeto, para verificar o agendamento, pelas mídias sociais ou pelo e-mail mulheresenovelos@gmail.com.
Acesse a notícia completa e saiba mais sobre o Projeto na página da UFC.
Fonte: Agência UFC. Imagem: Professora Tatiana Zylberberg. Fonte: Viktor Braga/UFC.
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