Notícia
Lombalgia na gestação
Sintomas são comuns no segundo trimestre da gravidez
Pixabay
Fonte
Revista Brasileira de Anestesiologia
Data
sábado, 3 junho 2017 10:55
Áreas
Ginecologia. Obstetrícia. Saúde da Mulher.
Estima-se que cerca de 50% das gestantes queixam-se de algum tipo de dor lombar em algum momento da gravidez ou durante o puerpério, sendo uma queixa comum entre as grávidas, principalmente entre as mais jovens. Nesse período ocorre um deslocamento do centro de gravidade para frente, devido ao aumento do abdome e das mamas, o que leva a alterações de postura, como redução do arco plantar, hiperextensão dos joelhos e anteversão pélvica. Essas alterações geram acentuação na lordose lombar e consequente tensão da musculatura paravertebral. A compressão dos grandes vasos pelo útero gravídico causa diminuição do fluxo sanguíneo medular e pode causar lombalgia, especialmente no último semestre gestacional. Além disso, ocorre uma significativa retenção hídrica determinada pelo estímulo da progesterona e frouxidão ligamentar por secreção de relaxina pelo corpo lúteo, o que torna as articulações da coluna lombar e do quadril menos estáveis e mais susceptíveis ao estresse e à dor.
Um estudo multicêntrico publicado na edição de Junho de 2017 da Revista Brasileira de Anestesiologia avaliou 97 gestantes através de entrevistas. A frequência de dor lombar foi 68% sendo que, em relação ao número de gestações, cerca de 51% estavam na primeira gravidez. A média de idade foi 26,2 anos e a mediana da idade gestacional de 30 semanas. A lombalgia foi mais frequente durante o segundo trimestre gestacional (43,9%), referida como “em queimação” por 37,8% das pacientes e com frequência intermitente em 96,9%. Os sintomas pioravam no período noturno (71,2%). O repouso reduzia a dor lombar em 43,9%, enquanto a posição ortostática por longo tempo agravava em 27,2%. Mais da metade das gestantes entrevistadas citou que a lombalgia não foi um obstáculo às suas atividades diárias.
Os achados inferem que parte das lombalgias existia antes da gestação e persiste ou pode se agravar nesse período, denotando que a dor lombar na gestação deve ser analisada sob diversos aspectos, e não simplificada numa única situação. Os autores concluem que estudos que adotem tratamento preventivo no que se refere à dor lombar são necessários.
Acesse o artigo científico completo.
Fonte: Revista Brasileira de Anestesioogia. Imagem: Pixabay.
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