Notícia
Leucorreia: sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção
Especialista esclarece sobre o corrimento vaginal
Shutterstock
Fonte
Associação Paulista de Medicina e Conselho Federal de Farmácia.
Data
segunda-feira, 13 junho 2016 17:00
Áreas
Ginecologia. Saúde da Mulher.
Nossa pele é o tecido que separa o meio ambiente dos nossos órgãos internos e está sujeita a agressão de vários microorganismos que podem causar doenças – como fungos e bactérias. Existem certos locais do nosso organismo onde esta agressão é mais frequente por serem úmidos ou terem uma temperatura mais elevada como o caso dos órgãos sexuais externos da mulher (a vulva e vagina).
Infecções vaginais são comuns em mulheres, principalmente nas que têm vida sexual ativa. As mais comuns são a monilíase (mais conhecida por candidíase), a tricomoníase e a infecção bacteriana. Leucorreia (leucorreia = leuco/branco e reia/secreção) é o nome científico do corrimento vaginal resultante de uma dessas doenças.
Sintomas
Os sintomas característicos são:
- Secreção vaginal branca, espessa, com cheiro forte.
- Coceira, vermelhidão e irritação ao redor da vagina.
- Ardor ao urinar ou durante a relação sexual.
Algumas mulheres podem não apresentar sintomas desconfortáveis e, por isso, a importância dos exames de rotina.
Causas
As principais causas da leucorreia são:
- Alterações hormonais durante a gravidez ou lactação.
- Ingestão de certos antibióticos, hormônios ou medicamentos.
- Relação sexual com lubrificação inadequada.
- Falta de higiene íntima.
- Relação com vários parceiros.
Diagnóstico
Durante o exame ginecológico, o médico observa a cor, a consistência e o odor da secreção vaginal. Normalmente clara e pouco espessa, ela pode se apresentar abundante, leitosa, com aspecto de leite coalhado, aderente às mucosas da vulva. Se o pH estiver aumentado, em comparação ao pH das secreções normais, é sinal de que há infecção e o material colhido será enviado ao laboratório para análise.
Tratamento
Como, às vezes, coexistem mais de uma infecção, só o médico poderá indicar o tratamento mais adequado. Produtos comprados em farmácia, como sprays vaginais, apenas disfarçam o odor, mascarando os sintomas. O tratamento, em geral, é feito com cremes ou supositórios vaginais, medicamentos por via oral e banhos de assento com produtos que aliviam a irritação e o prurido.
A tricomoníase, infecção causada pelo fungo chamado tricomonas, é uma doença sexualmente transmissível. O período de incubação vai de 2 a 8 dias e pode aumentar o risco de transmissão do HIV.
Recomendações para prevenção
- Seja rigorosa com seus hábitos de higiene genital;
- Após evacuar, tome um banho de assento;
- Evite a disseminação de bactérias do reto para a vagina, usando o papel higiênico da frente para trás;
- Não use duchas de lavagem intravaginal nem sabonetes fortes;
- Troque frequentemente sua roupa íntima, evitando mantê-la úmida na região que entra em contato com a vulva;
- Prefira, sempre, calcinhas de algodão e não muito justas;
- Quando for à praia ou piscina, procure não ficar sentada com a roupa de banho molhada;
- Durante o período de menstruação, troque com frequência o absorvente (externo ou interno);
- Consulte periodicamente o ginecologista e conte a ele se já teve infecção por fungo ao tomar antibióticos;
- Faça sexo com preservativos;
- Durante o tratamento, é preciso evitar relação sexual e contar o motivo ao parceiro, pois, muitas vezes, ele deve ser medicado também.
Mais informações podem ser acessadas em artigo científico publicado pelas doutoras Ingryt Ferracin e Rúbia Maria de Oliveira, do Departamento de Farmácia e Farmacologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), na revista científica Informa, do Conselho Federal de Farmácia. Acesse o artigo “Corrimento vaginal: causa, diagnóstico e tratamento farmacológico”.
Fonte: Dra. Elisabete Fernandes Almeida, Associação Paulista de Medicina, e revista Informa, CFF. Imagem: Shutterstock.
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