Notícia
Jogo desenvolvido na UFU contribui para o tratamento de pacientes com Parkinson
O jogo RehaBEElitation foi vencedor do prêmio ‘Challenge Handicap & Technologie’ na França
Alexandre Costa, UFU
Fonte
UFU | Universidade Federal de Uberlândia
Data
terça-feira, 27 junho 2023 06:35
Áreas
Engenharia Biomédica. Gameterapia. Informática Médica. Neurociências. Reabilitação. Saúde do Idoso. Saúde Pública.
‘RehaBEElitation‘ é o nome de um jogo desenvolvido por pós-graduandos em Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em conjunto com a Universidade de Lorraine, na França, e com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Criado com o objetivo de ser uma alternativa dinâmica e divertida para promover o tratamento de pacientes com a doença de Parkinson, a iniciativa propõe que os jogadores controlem uma abelha em um mundo 3D enquanto realizam movimentos manuais característicos daqueles usados em tratamentos fisioterapêuticos.
A doença de Parkinson é uma doença neurológica que afeta o movimento do indivíduo, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita. Com a degeneração das células presentes na substância negra do cérebro, a falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos e acarreta os sintomas da doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com a doença de Parkinson.
Mas por que abelhas?
Conhecidas por seu trabalho em equipe e pelo mel produzido nas colmeias, as abelhas são essenciais para a vida na Terra, uma vez que sem a sua atividade polinizadora muitos vegetais desapareceriam.
Luanne Mendes, uma das idealizadoras do jogo e doutoranda em Engenharia Biomédica pela UFU, explicou que esse esforço das abelhas para realizar cada tarefa se assemelha à atividade fisioterápica dos pacientes em tratamento contra o Parkinson: “Após realizar um questionário para saber sobre as principais necessidades desses indivíduos, chegamos à conclusão de que [o jogo] seria destinado ao tratamento e estímulo dos membros superiores”, explicou a pesquisadora.
Por meio de movimentos de abrir e fechar as mãos, flexão, extensão, adução, abdução e pinça com os dedos polegar e indicador, o RehaBEElitation estimula essas ações em diferentes fases e níveis.
O trabalho, orientado pelo professor Dr. Adriano Andrade (PPGEB-UFU) e pelo Dr. Yann Morère, pesquisador do Laboratoire de Conception, Optimization et Modélisation des Systèmes (LCOMS) da Universidade de Lorraine, foi vencedor na décima primeira edição do evento ‘Challenge Handicap & Technologie‘, em Metz (França), realizada no último mês de maio.
O prêmio de primeira colocação na categoria ‘Autonomia’ está relacionado à promoção da autonomia das pessoas em situação de dependência. Segundo a descrição da categoria, compensar a perda de autonomia das pessoas com deficiência é uma questão essencial na sociedade atual.
“É importante ressaltar que o jogo foi desenvolvido com a colaboração de diversos estudantes da pós-graduação. Eu fiquei responsável pela criação do enredo do jogo e por pensar em como incorporar hábitos reais das abelhas no universo digital”, contou Luanne Mendes.
O RehaBEElitation ainda não está disponível para pacientes. Para o futuro, os pesquisadores pretendem incorporar a avaliação dos membros inferiores nas modalidades do jogo, como forma de promover uma avaliação completa dos pacientes com a doença de Parkinson.
Acesse a notícia completa na página do Portal Comunica UFU.
Fonte: Gabriel Reis, Portal Comunica UFU. Imagem: Luanne Mendes e o jogo ‘RehaBEElitation’. Fonte: Alexandre Costa, UFU.
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