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Inteligência Artificial pode ajudar na detecção precoce de insuficiência cardíaca

Wikimedia Commons

Fonte

Universidade de Glasgow

Data

quarta-feira, 30 agosto 2023 19:30

Áreas

Biologia. Cardiologia. Física Médica. Gestão da Saúde. Imagens e Diagnóstico. Informática Médica. Medicina. Medicina Intensiva. Saúde Pública. Telemedicina. Ultrassom.

A Inteligência Artificial (IA) aplicada à interpretação de imagens de um dispositivo de ultrassom portátil entrega resultados comparáveis ao padrão-ouro de diagnóstico de insuficiência cardíaca usado atualmente no Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS). As novas descobertas sugerem que o uso da IA pode acelerar significativamente o tempo de espera para o diagnóstico de insuficiência cardíaca.

Apresentadas recentemente na Conferência da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) em Amsterdã, as descobertas vêm do estudo inovador OPERA, uma colaboração entre a Universidade de Glasgow, AstraZeneca, NHS Greater Glasgow & Clyde (NHSGGC) e NHS Golden Jubilee para avaliar a eficácia da aplicação de IA em pacientes com insuficiência cardíaca.

Os resultados mostraram que as interpretações das imagens de ultrassom cardíaco por IA, incluindo aquelas obtidas com um dispositivo portátil, são tão eficazes quanto as interpretações das imagens obtidas por um equipamento de ultrassom típico operado por um especialista na medição da ação de bombeamento do coração. No entanto, embora a análise padrão de um ecocardiograma com um operador humano demore cerca de 30 minutos, a IA é capaz de interpretar as imagens em apenas um minuto – uma enorme redução no tempo clínico que tem o potencial de acelerar significativamente os tempos de espera do diagnóstico de insuficiência cardíaca.

A insuficiência cardíaca é uma condição grave em que o coração não consegue bombear o sangue pelo corpo de maneira adequada. A condição pode causar uma série de sintomas que podem ser debilitantes e afetar a vida cotidiana de uma pessoa. Estima-se que mais de um milhão de pessoas no Reino Unido vivam com insuficiência cardíaca. Na Escócia, 48 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença, embora os especialistas estimem que há milhares de pessoas que vivem com a doença sem saber. O diagnóstico precoce é vital, pois iniciar o tratamento precocemente pode reduzir o risco de hospitalização das pessoas com a doença e melhorar a sua qualidade de vida geral.

Os últimos resultados do estudo OPERA mostraram que o uso da IA para interpretar imagens de ecocardiograma pode permitir diagnóstico precoce. Uma análise mais rápida dos exames também poderia ajudar a reduzir os tempos de espera e a aliviar as pressões sobre o sistema de saúde.

As conclusões do estudo OPERA são o primeiro resultado do Memorando de Entendimento entre a Universidade de Glasgow, o NHS Golden Jubilee, o NHS Greater Glasgow & Clyde, a AstraZeneca UK e a Lenus Health. Formada em 2022, a parceria histórica entre o meio acadêmico, os cuidados de saúde e a indústria trabalha em colaboração para proporcionar a transformação do sistema de saúde NHS, testando novas tecnologias digitais e a logística de pacientes, para permitir diagnóstico e tratamento mais precoces.

O Dr. Ross Campbell, professor da Universidade de Glasgow, que apresentou as conclusões do estudo OPERA na Conferência ESC, destacou: “Os nossos novos resultados do OPERA mostram que o investimento na IA nos cuidados de saúde pode oferecer benefícios notáveis tanto para os pacientes como para o NHS. Mostramos que a IA pode interpretar imagens de ecocardiograma com precisão e, dado que a IA pode produzir um relatório numa fração do tempo, isto pode realmente fazer a diferença, permitindo-nos tornar possível o diagnóstico precoce da insuficiência cardíaca”.

Ed Piper, Diretor de Assuntos Médicos e Científicos da AstraZeneca no Reino Unido, disse: ‘”Os resultados do estudo OPERA mostram como a tecnologia inovadora, incluindo a IA, tem o potencial de agilizar o diagnóstico de insuficiência cardíaca para que os pacientes recebam os cuidados de que precisam na primeira oportunidade, para melhorar seus resultados. A AstraZeneca tem orgulho de ter colaborado com nossos parceiros em Glasgow sob o Memorando de Entendimento para fornecer esses dados interessantes que ajudarão a transformar a prática clínica futura no diagnóstico de insuficiência cardíaca”.

A Universidade de Glasgow está testando a estratégia do estudo OPERA por meio do estudo SYMPHONY global, que envolve testar se os resultados da IA podem detectar insuficiência cardíaca e levar a um diagnóstico precoce e a um tratamento que salva vidas. O estudo é possível graças a uma colaboração com a AstraZeneca e está acontecendo na Escócia, Dinamarca, Suécia, Canadá e EUA.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Glasgow (em inglês).

Fonte: Universidade de Glasgow. Imagem: ecocardiograma. Fonte: Wikimedia Commons.

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