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Inteligência Artificial disponível em código aberto supera radiologistas no diagnóstico de tumores pulmonares

Divulgação, Universidade Maastricht

Fonte

Universidade Maastricht

Data

quarta-feira, 22 junho 2022 06:45

Áreas

Bioinformática. Ciência de Dados. Computação. Diagnóstico. Imagens Médicas. Inteligência Artificial. Medicina. Oncologia. Radiologia. Saúde Pública.

Especialistas médicos podem usar uma nova ferramenta de Inteligência Artificial (IA) para fazer diagnósticos, determinar o tamanho de tumores e monitorar o tratamento em pacientes. Os pesquisadores, liderados por cientistas da Universidade Maastricht, nos Países Baixos, realizaram um estudo comparativo com dados de diferentes hospitais da Europa, Estados Unidos e China. As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Communications.

Inteligência artificial

Para treinar o algoritmo de IA, os pesquisadores usaram mais de 1.300 tomografias computadorizadas de hospitais nos Países Baixos, Bélgica, Estados Unidos e China. Eles compararam os resultados do método de IA desenvolvido com a análise de radiologistas em vários quesitos. O modelo de IA mostrou-se não apenas mais rápido na detecção e delineamento do tumor em pacientes com câncer de pulmão, mas também melhor na estimativa do tamanho do tumor, com maior reprodutibilidade.

Isso é altamente significativo, porque a identificação precisa do tumor é crucial para a administração de uma dose precisa de radiação ao paciente. Além disso, o software é totalmente reprodutível, ao contrário do trabalho de especialistas humanos. O estudo também mostrou que a maioria dos especialistas médicos, consciente ou inconscientemente, deu preferência aos resultados do método de IA.

Os pesquisadores da Universidade de Maastricht também mostraram que o diagnóstico automatizado oferece uma previsão melhor das chances de sobrevivência em comparação com a análise de radiologistas.

Câncer de pulmão

Com base nos resultados do estudo, os cientistas da Universidade Maastricht estão tão convencidos da eficácia do novo método de IA que disponibilizam o software certificado em código aberto.

O Dr. Philippe Lambin, líder da pesquisa e professor de Medicina de Precisão da Universidade de Maastricht, espera que o compartilhamento do modelo de IA contribua para sua rápida aplicação em hospitais: “Prevemos três aplicações deste software: diagnóstico, delineamento de radioterapia e avaliação de resposta. Fizemos o nosso melhor para avaliar a solução prospectivamente, mas ela ainda precisa ser testada em um ambiente hospitalar real”.

O Dr. Henry Woodruff, também professor de Maastricht, acrescentou que “generalização e robustez são fatores importantes para soluções de IA na Medicina, então usamos diferentes conjuntos de dados da Europa, EUA e China”.

De acordo com o Dr. Sergey Primakov, autor principal do estudo, “embora soluções semelhantes tenham sido propostas, até onde sabemos, esta é a primeira ferramenta de detecção e segmentação totalmente automatizada que foi testada tão extensivamente. Além disso, coletamos e compilamos um enorme conjunto de dados de tomografias computadorizadas para treinar nosso modelo. Ao abrir nosso código, esperamos fazer uma contribuição valiosa para o campo das imagens médicas”.

Acesse o código, arquivos do modelo, software extra usado no artigo científico e dados derivados para reproduzir os resultados na página do GitHub (em inglês).

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Maastricht (em inglês).

Fonte: Universidade Maastricht. Imagem: Divulgação, Universidade Maastricht.

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