Notícia

Inteligência artificial ajuda cientistas a medir o nível de consciência humana durante o sono, sonho, anestesia e coma

Novas pesquisas de cientistas do cérebro e da computação das universidades da Coreia e Liège mostram que a inteligência artificial oferece insights únicos para quantificar as mudanças na consciência

Stefan_Schranz via Pixabay

Fonte

Universidade Liège

Data

terça-feira, 8 março 2022 06:35

Áreas

Computação. Inteligência Artificial. Medicina. Neurociências.

Compreender e medir a mente humana continua sendo um dos maiores desafios da ciência, com grande impacto na Medicina, na Sociedade e na Ética. Atualmente, os profissionais médicos confiam principalmente em interpretações subjetivas da capacidade de resposta e movimentos motores de um paciente para avaliar seu nível de consciência durante a cirurgia sob anestesia ou ao tratar pacientes com danos cerebrais em coma e estados relacionados. Pesquisas anteriores conduzidas pela Unidade de Pesquisa da Consciência/GIGA e o Coma Science Group da Universidade Liège e do CHU de Liège (na Bélgica), fundado pelo professor Dr. Steven Laureys, já haviam mostrado que os médicos muitas vezes subestimam a possibilidade de uma consciência residual nessas condições.

Em um novo estudo a equipe do Dr. Seong-Whan Lee, professor do Departamento de Inteligência Artificial da Universidade da Coreia, em colaboração com a equipe da Dra. Olivia Gosseries, codiretora do Coma Science Group, usou o aprendizado profundo para desenvolver marcadores novos e exclusivos do nível e conteúdo da consciência, analisando medidas elétricas da função cerebral em mais de 100 participantes humanos estudados sob diferentes condições de consciência alterada (incluindo sedação com propofol e cetamina, mas também em sobreviventes de lesões traumáticas graves, derrames e paradas cardíacas).

“Este artigo corresponde à primeira tecnologia do mundo a quantificar a vigília e a consciência ao mesmo tempo”, disse o Dr. Seong-Whan. A Dra. Olivia Gosseries acrescentou que “estudos futuros são necessários para implementar este novo indicador na rotina clínica e até mesmo para desenvolver uma ferramenta online e em tempo real para os hospitais, salas de cirurgia e unidades de cuidados intensivos”.

Acesse o artigo científico completo (m inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Liège (em francês).

Fonte: Universidade Liège. Imagem: Stefan_Schranz via Pixabay.

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