Notícia

Impressão 3D ajuda a otimizar a regeneração óssea em odontologia

Getty Images

Fonte

ULiège | Universidade Liège

Data

sexta-feira, 4 fevereiro 2022 07:15

Áreas

Biomateriais. Biomecânica. Odontologia.

Geralmente causada por trauma ou infecção, a perda dentária pode levar a impactos funcionais, estéticos, psicológicos e sociais na vida dos indivíduos. Dentes perdidos podem ser substituídos por implantes dentários. No entanto, a colocação de implantes requer volume ósseo alveolar adequado, e a perda dentária frequentemente resulta em perda óssea. Portanto, a regeneração do osso alveolar é frequentemente necessária antes que o(s) implante(s) possa(m) ser colocado(s). É o caso da técnica de Regeneração Óssea Guiada (GBR), que foi introduzida há várias décadas e provou ser segura e previsível, com resultados confiáveis ​​em longo prazo. Atualmente, esta técnica é um dos procedimentos mais utilizados na regeneração óssea oral e na implantologia.

A GBR é utilizada para reconstruir o osso alveolar e esta abordagem baseia-se no uso de um biomaterial substituto ósseo combinado com uma membrana de barreira. Clinicamente, o substituto ósseo mais utilizado é a hidroxiapatita bovina na forma de pequenos grânulos (xenoenxerto). Embora este biomaterial seja adequado para o tratamento de pequenos defeitos ósseos, sua falta de estabilidade torna seu uso difícil e pouco confiável na reconstrução de defeitos maiores.

Hoje em dia, em sintonia com a medicina regenerativa personalizada e as tecnologias digitais, há um interesse crescente em biomateriais sintéticos de regeneração óssea com uma forma tridimensional (3D) personalizada, perfeitamente adaptada ao defeito ósseo do paciente. A arquitetura interna desses blocos substitutos ósseos também pode influenciar o comportamento das células e, portanto, a eficiência da regeneração. Na literatura científica, no entanto, não há consenso sobre a escolha do design interno para esses substitutos ósseos personalizados e os pesquisadores geralmente os testam sem uma base biomecânica.

É neste contexto que o consórcio BIOPTOS—que inclui a Dra. Liesbet Geris, Diretora da Unidade de Investigação Biomecânica da Universidade Liège (ULiège), Dra. France Lambert, Chefe do Departamento de Periodontologia, Cirurgia Oral e de Implantes da ULiège e a Dra. Dorien Van hede, pesquisadora de pós-doutorado da Faculdade de Medicina da ULiège – desenvolveu e validou o conceito de um bloco sintético impresso em 3D com um design interno otimizado in silico para regeneração óssea.

“A modelagem computacional, desenvolvida pela unidade de pesquisa da Dra. Liesbet Geris, permite prever o efeito do design interno na regeneração óssea”, explicou a Dra. Dorien Van hede. Isso facilita a escolha da geometria mais promissora para testar em um modelo in vivo: é uma abordagem inovadora, que também permite limitar a experimentação animal, e que também mostrou um efeito muito promissor com o design específico ‘gyroid’, com maior formação óssea in vivo em comparação com um design ortogonal clássico ou os grânulos ‘Gold standard’ atualmente utilizados na clínica.

A pesquisa abre caminho para novas soluções terapêuticas para a reconstrução óssea, tanto em odontologia quanto em cirurgia ortopédica e bucomaxilofacial. Os resultados foram publicados na revista científica Advanced Functional Materials.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Liège (em inglês).

Fonte: Faculdade de Medicina da Universidade Liège. Imagem: Getty Images.

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