Notícia
Implante coclear devolve audição a pacientes surdos tratados na Rede Ebserh
Equipamento eletrônico computadorizado substitui a função do ouvido interno das pessoas
O implante coclear, popularmente conhecido como “ouvido biônico”, é uma solução tem sido oferecida com resultados expressivos na melhoria da qualidade de vida das pessoas que sofrem com a perda de audição. Trata-se de um equipamento eletrônico computadorizado que substitui a função do ouvido interno de pessoas com surdez total ou quase total. O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC/Ebserh), da Universidade Federal do Ceará (UFC), é uma das unidades da Rede Hospitalar Ebserh que oferece a alternativa.
Para o implante, é realizada uma cirurgia para a colocação de um eletrodo na cóclea (parte auditiva do ouvido interno também chamada de caracol, devido à sua forma), que será ativado depois de um mês, tempo normalmente necessário à cicatrização. O aparelho converte a energia mecânica do som em estímulos elétricos e esses sinais, por sua vez, são levados ao cérebro pelo nervo auditivo. Normalmente, o paciente fica internado por um dia e retira os pontos uma semana depois. O implante coclear possui alto custo – cerca de R$ 60 mil (R$ 45 mil apenas pela prótese), mas a cobertura total da cirurgia nos hospitais da Rede Ebserh é pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para quem tem dúvidas sobre o impacto na vida das pessoas para melhor, basta conhecer Helenice Cartágene, assistente social do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-Ebserh), da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ela acompanhou a história de uma paciente que nunca tinha ouvido a voz do próprio filho. “Durante o nascimento do filho, por complicações no parto ocorrido em um hospital do interior do estado, ela teve como consequência a perda total da audição. Mas ao chegar em casa após a ativação do implante, a família colocou-a de costas e pediu para o filho falar com ela. Ao ouvir a palavra ‘mãe’, verbalizada pelo menino, sentiu uma emoção inexplicável, teve seu sonho realizado. Hoje ela segue vida normal, desenvolveu a oratória perfeitamente e voltou a trabalhar”, conta Helenice.
A menina Kamilly Ferri, de 7 anos, moradora da Região Metropolitana de Vitória (ES), também recebeu o implante. Ela nasceu surda e já consegue se comunicar por meio da linguagem oral. “Cada palavra que ela aprende é uma vitória para a gente. Eu não trabalho fora apenas para cuidar dela. É muito gratificante ouvir uma palavra de carinho da minha filha. Faz valer todo o sacrifício”, disse a mãe de Kamilly, Lauriete Ferri. A criança recebeu o implante no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam/Ebserh), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Vitória (ES).
Outras unidades da Rede Ebserh que oferecem o implante de forma gratuita são o Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR/Ebserh) e o Hospital Universitário de Aracaju (HU-UFS/Ebserh). Segundo o otorrinolaringologista do HU-UFS, Dr. Ronaldo Carvalho, além de resultar em melhora dos níveis de audição, o implante é capaz de contribuir para o desenvolvimento da fala e da linguagem e melhorar a autoestima e a confiança do paciente. “Os benefícios são inúmeros em toda a comunicação, incluindo o relacionamento com outras pessoas”, avalia.
Acesse a notícia completa na página da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh. Imagem: Divulgação.
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