Notícia

HU da UFGD espera economia de 50% com sistema de arquivamento digital de exames

Para implantar o sistema, Setor de TI utilizou ferramentas de tecnologia livre

Divulgação, Ebserh

Fonte

Ebserh

Data

domingo, 2 agosto 2015 12:25

Áreas

Engenharia Clínica. Gestão Hospitalar.

Já está em funcionamento no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) o Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (PACS, na sigla em inglês para Picture Archiving and Communication System). É uma tecnologia que oferece armazenamento digital e fácil acesso a imagens de várias modalidades, geradas por diferentes tipos de máquinas utilizadas para exames e diagnósticos. 

O PACS é constituído por um conjunto de computadores, periféricos e aplicativos que podem ser conectados a diversos equipamentos digitais, como ultrassom, raio-X e tomografia. O sistema interliga os aparelhos e permite que médicos e demais integrantes da equipe assistencial visualizem as imagens resultantes dos exames realizados no hospital.

Na primeira etapa de implantação, o acesso ao PACS foi liberado às Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Adulto, Pediátrica e Neonatal. A segunda etapa, já em execução, vai liberar o acesso nas enfermarias e na Maternidade, configurando 100% de acesso para a área assistencial dentro do hospital. A terceira etapa de implantação do PACS, também já iniciada, será a liberação de acesso para os ambulatórios.

Tecnologia livre

Para implantar o sistema, o Setor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação (SGPTI) do HU-UFGD optou pela adoção de tecnologia livre (open-source software), seguindo uma política de austeridade e gestão racional de recursos, na busca de soluções adequadas a necessidades específicas.

Além de gerar economia imediata por não ser necessário comprar programas ou pagar licenças, o uso de tecnologia livre, com softwares abertos, permite que os programas sejam modificados de acordo com a necessidade do usuário.
No caso do HU-UFGD, foram três meses de utilização experimental do PACS em duas das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

“Nesse período, pudemos verificar, junto com a equipe assistencial, os problemas e as dificuldades na utilização do sistema. Agora, com 90% das questões já completamente resolvidas pelo pessoal da TI, estamos implantando de fato”, explica o chefe da Unidade de Apoio e Diagnóstico por Imagem, Dr. Jean Wilson Matos.

Economia

Com o acesso ao PACS em 100% do hospital, a impressão dos exames em filmes radiológicos, gradualmente, deixará de ser feita gerando uma economia de pelo menos 50%, pois passarão a ser impressos apenas os exames que se destinam ao público externo. 

Para essa previsão de reduzir os custos pela metade, a Unidade de Apoio e Diagnóstico por Imagem considera que, do volume de aproximadamente dois mil exames realizados por mês, cerca de mil são solicitações internas. O restante chega pelo Sistema de Regulação (SISREG) do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além de menos despesas com insumos, o armazenamento digital também tem vantagens como a diminuição do risco de repetição de exames por conta de perda ou falhas na transposição da imagem para a película e menos poluição no meio ambiente, pois os produtos utilizados na impressão dos filmes radiográficos não são biodegradáveis.

Agilidade e ensino

Para ver as imagens, o profissional pode acessar o sistema a partir de qualquer terminal conectado à rede interna do hospital, utilizando uma senha específica de usuário. Uma tela exibe, então, a listagem por nome de paciente. Selecionando o paciente, o profissional tem acesso às imagens dos exames realizados.

Toda essa tecnologia terá reflexo positivo não apenas na Assistência à Saúde, mas também nos aspectos acadêmicos. “Será mais uma ferramenta para o ensino, pois vai dar agilidade na busca de casos para estudo, por exemplo”, avalia o Dr. Jean Matos.

Segurança 

Futuramente, o PACS será integrado ao Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), que concentra os dados, cadastros, informações gerais e dá acesso ao prontuário digital de cada paciente. Assim, o risco de erro, como troca de exames, por exemplo, ficará praticamente eliminado.

Fonte: Ronaldo Pedroso, Ebserh. Imagem: Divulgação, Ebserh.

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