Notícia

Heparina para o controle de metástases cancerígenas

Pesquisadores da UNESP depositam patente de tecnologia que inibe a adesão e multiplicação de células cancerígenas

Divulgação, UNESP

Fonte

UNESP

Data

quarta-feira, 4 fevereiro 2015 11:45

Áreas

Biotecnologia.

Pesquisadores da UNESP de Botucatu e de Araraquara desenvolveram droga que auxilia o processo de inibição celular. A heparina é um anticoagulante, medicamento que de maneira geral é utilizado no tratamento de doenças como embolia pulmonar, infarto do miocárdio e AVC. Seu uso normalmente não é associado ao controle do câncer. O Prof. Matheus Bertanha, da Unesp de Botucatu, e sua equipe perceberam que a partir de algumas alterações nas moléculas de heparina ela poderia ser associada ao tratamento de metástases cancerígenas.

Apesar do uso de heparina não ser comum nesses casos, o Professor Bertanha explica: “Na literatura científica, há descrição de melhora no prognóstico para o tempo de vida dos pacientes portadores de câncer terminal que apresentam trombose venosa profunda e são tratados com heparina”.

Todos os estudos realizados até o momento foram experimentos in vitroou seja, realizados fora de sistemas vivos, e apontaram resultados satisfatórios. Esta pesquisa foi desenvolvida apenas em laboratório, por docentes da UNESP e está vinculada à disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina (FM) da UNESP, ao Hemocentro da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp de Botucatu, ao Instituto de Biociências (IB) de Botucatu – UNESP e à Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) de Araraquara – UNESP.

Além do Prof. Matheus Bertanha, estão envolvidos na pesquisa o Prof. Dr. Marcone Lima Sobreira da Disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina (FM) – Câmpus Botucatu; a Profa. Dra. Elenice Deffune, do departamento de Urologia e Hemocentro da FM da Unesp – Câmpus Botucatu; o Prof. Dr. Sérgio Luis Felisbino do Instituto de Biociências (IB) da Unesp – Câmpus Botucatu e o Prof. Dr. Andrei Moroz do Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia da FCF.

Inúmeros outros testes devem ser realizados para sabermos qual será o potencial de uso clínico desse medicamento”, explica o Professor Bertanha. A pesquisa ainda está em fase inicial e o pedido de patente foi realizado pela Agência UNESP de Inovação. “Precisamos conseguir recursos e/ou parcerias para realizarmos todas as padronizações necessárias e assim, obtermos mais respostas quanto ao seu uso futuro”, completa Bertanha a respeito de suas expectativas e de sua equipe para o invento.

Fonte: Luciana Cavichioli, Agência UNESP. Imagem: Divulgação, UNESP.

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