Notícia

Grupo da UFMG descreve mecanismo da colestase

Sem tratamento, quadro clínico dificulta drenagem da bile do fígado para o intestino

Foca Lisboa, UFMG

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

terça-feira, 2 outubro 2018 14:40

Áreas

Medicina. Hepatologia. Biociências.

Um em cada 13 transplantes hepáticos resulta de necessidade imposta pela colestase, condição clínica que dificulta a drenagem da bile do fígado para o intestino e para a qual não há tratamento. A descoberta do mecanismo que a provoca abre promissoras vias de investigação e está descrita em artigo publicado na revista científica Hepatology.

Produzido por pesquisadores do Liver Center, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com colaboração de equipe da Universidade Yale (EUA), o trabalho também inova porque tem caráter translacional, isto é, abrange desde a ciência básica até a aplicação prática, na clínica médica. Pela UFMG, assinam o artigo pesquisadores de três programas de pós-graduação e professores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e da Faculdade de Medicina.

De acordo com a professora Dra. Maria de Fátima Leite, coordenadora do Liver ­Center, o trabalho tem grande relevância na clínica, pois possibilita entender a forma como a inflamação que ocorre em casos de hepatite alcoólica e de infecções, como a sepse, leva à colestase. “O reconhecimento de como a inflamação se correlaciona com a colestase pode propiciar, além de tratamento com antimicrobianos, o estabelecimento de algum tipo de terapia capaz de reverter a alta mortalidade no pós-operatório dos transplantados de fígado”, comenta o professor Dr. Cristiano Xavier Lima, também autor do trabalho e cirurgião de transplantes hepáticos. Ele explica que infecções associadas à colestase estão entre as principais causas de morte de pacientes nos 30 primeiros dias após a intervenção cirúrgica.

Outra autora do artigo, a professora Dra. Paula Vieira Teixeira Vidigal, explica que a equipe trabalhou em modelo de sepse, condição que leva à colestase em cerca de 30% dos casos.

O estudo é tema da reportagem de capa da edição 2.034 do Boletim UFMG.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia na página da UFMG.

Fonte: UFMG. Imagem: Foca Lisboa, UFMG.

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