Notícia

Grande avanço no tratamento da leucemia

Estudo clínico multicêntrico bem-sucedido mostrou efetividade do novo inibidor de quinase chamado asciminib

Divulgação

Fonte

Universidade de Adelaide

Data

sexta-feira, 13 dezembro 2019 09:30

Áreas

Medicina. Oncologia.

Um estudo clínico multicêntrico internacional demonstrou a segurança e a eficácia de um tratamento de última geração para pessoas com leucemia mieloide crônica (LMC).

O professor Dr. Timothy Hughes, autor principal do estudo, diz que o desenvolvimento e teste bem-sucedidos do novo inibidor de quinase chamado asciminib é a maior inovação no tratamento da LMC neste século. O professor Hughes é o líder temático de Medicina de Precisão no Instituto de Pesquisa SAHMRI, professor da Universidade de Adelaide e Hematologista Consultor no Royal Adelaide Hospital, na Austrália.

“O desenvolvimento do inibidor da tirosina quinase original (TKI), chamado imatinibe, na década de 1990, mudou a [perspectiva da] LMC de uma sentença de morte para uma doença que em muitos pacientes poderia ser tratada até que eles vivessem até a velhice. Mas, embora o imatinibe e os TKIs subsequentes tenham sido muito eficazes para melhorar a sobrevida, eles frequentemente causam efeitos colaterais sérios”, disse o professor Hughes.

As TKIs atualmente aprovadas para uso não são bem direcionadas, atacando células leucêmicas, mas também danificando células saudáveis.

O pesquisador ressaltou que o asciminib bloqueia seletivamente a quinase mutante presente nas células leucêmicas. “Este estudo com 150 pacientes mostrou que o asciminib é altamente eficaz, mesmo em pacientes que não responderam a várias outras TKIs. Igualmente importante, é bem tolerado pelos pacientes e parece ter significativamente menos efeitos negativos em longo prazo em comparação com os tratamentos atuais”, explicou o professor Hughes.

Os resultados deste estudo clínico foram publicados no dia 12 de dezembro na revista científica New England Journal of Medicine.

A LMC é um câncer no sangue que faz com que a medula óssea produza muitos glóbulos brancos. Esse excesso de glóbulos brancos mutantes interfere na produção normal de glóbulos. As TKIs retardam ou interrompem esse excesso de produção de glóbulos brancos.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).

Fonte: Elisa Black, Universidade de Adelaide. Imagem: Divulgação.

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