Notícia

Gorduras trans e o risco de ataques cardíacos e AVCs

Pixabay

Fonte

Universidade de Yale

Data

quinta-feira, 13 abril 2017 20:40

Áreas

Cardiologia. Saúde Pública. Alimentação e Nutrição. Indústria Alimentícia.

Nos Estados Unidos, as pessoas que vivem em áreas que restringem as “gorduras trans” em alimentos tiveram menos hospitalizações por ataque cardíaco e acidente vascular cerebral em comparação com os moradores de áreas sem restrições, de acordo com um estudo conduzido por pesquisador da Universidade Yale. Esta descoberta sugere que o benefício de limitar as gorduras trans poderia ter impacto positivo na saúde pública. O estudo foi publicado no último dia 12 de abril, em um dos principais periódicos científicos da área de cardiologia, a revista JAMA Cardiology.

Os ácidos graxos trans, ou gorduras trans, são comumente encontrados em alimentos como batatas fritas, biscoitos, frituras e produtos assados. Mínimas quantidades de ingestão de gordura trans estão ligados ao maior risco de doença cardiovascular, a principal causa de morte em todo o mundo. Nos últimos anos, localidades como Nova Iorque promulgaram políticas para reduzir as gorduras trans em restaurantes e outros estabelecimentos. Em 2018, o FDA proibirá o óleo parcialmente hidrogenado nos alimentos, o que quase eliminará a gordura trans da alimentação.

Para estudar o impacto da restrição de gorduras trans, o Dr. Eric Brandt e colegas da Universidade Yale compararam a evolução da saúde de  pessoas que vivem em locais com e sem as restrições. Usando dados do departamento de estado de saúde e estimativas de recenseamento entre 2002 e 2013, os investigadores focaram nas hospitalizações por ataque cardíaco e derrame.

Eles descobriram que a partir de três anos após a implementação das restrições as pessoas que vivem nestas áreas tinham significativamente menos hospitalizações por ataque cardíaco e acidentes vasculares cerebrais com base em tendências de áreas urbanas semelhantes e sem as restrições. A redução no número de casos foi de 6,2%.

“É uma redução bastante substancial”, afirmou o Dr. Eric Brandt, líder em medicina cardiovascular na Escola de Medicina da Universidade Yale. “Nosso estudo destaca o poder da política pública em impactar a saúde cardiovascular de uma população. As gorduras trans são prejudiciais para a saúde cardiovascular, e minimizando ou eliminando este componente da dieta podem ser reduzidas substancialmente as taxas de ataque cardíaco e derrame”. Os resultados do estudo apontam para a possibilidade de mais benefícios após a medida do FDA em 2018.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Fonte: Ziba Kashef, Universidade de Yale. Imagem: Pixabay,

 

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