Notícia
Glomerulopatias e a função renal
Diabetes e hepatites podem ocasionar o distúrbio
Wikimedia Commons
Fonte
Sociedade Brasileira de Nefrologia
Data
sexta-feira, 24 novembro 2017 13:10
Áreas
Medicina. Nefrologia. Saúde Pública.
As glomerulopatias, que em geral são conhecidas como “glomerulonefrites”, são doenças que acometem os glomérulos, estruturas constituídas por um tufo de capilares sanguíneos (delimitados por uma cápsula), além de uma série de outros elementos (entre eles, vários tipos de células), responsáveis pela ultrafiltração do plasma. São doenças muito variadas, algumas de natureza aguda, outras de curso crônico; umas de caráter eminentemente inflamatório, outras não; algumas tratáveis, outras não.
As glomerulopatias podem ter origem nos rins e acometer apenas esses órgãos, sendo chamadas de primárias, ou podem ser secundárias a outras doenças, como diabetes, hepatites e doenças autoimunes, dentre outras. Os pacientes com glomerulopatias podem ser assintomáticos ou apresentarem sintomas urinários (urina escura, diminuição do volume urinário) ou inchaço (de membros inferiores, face ou de todo o corpo).
O exame de urina pode revelar a presença de hematúria e/ou proteinúria. Quando se faz o diagnóstico de glomerulopatia, a função renal pode estar normal ou já estar deficiente. É importante diagnosticar a glomerulopatia e determinar o seu tipo, dentre os diversos existentes, para fazer o tratamento adequado. Se a doença não for diagnosticada precocemente e/ou não é tratada adequadamente, pode progredir para insuficiência renal crônica terminal. A biópsia renal é o exame que permite determinar o tipo de glomerulopatia com precisão.
Algumas glomerulopatias são acompanhadas de grandes perdas de proteinúria e, em geral, determinam síndrome nefrótica; dentre elas, destacam-se: a doença de lesões mínimas, a glomerulosclerose segmentar e focal e a glomerulopatia membranosa. Outras glomerulopatias têm apresentação mais aguda e frequentemente associam-se a déficit de função renal, como a glomerulonefrite difusa aguda, embora possam ter um curso autolimitado, como costuma acontecer com a glomerulinefrite pós-estreptocócica.
O tratamento da glomerulopatia é eminentemente sintomático, corresponde a cuidados com a retenção excessiva de líquidos pelo corpo, que leva a inchaço, hipertensão arterial e outras eventuais complicações. O uso de dieta pobre em sal, uso de medicamentos diuréticos e hipotensores, além das estatinas quando indicado permite o controle dos sintomas e evita a progressão da doença. A glomerulopatia usualmente tem boa evolução, se diagnosticada e tratada precocemente, e na maioria dos casos não evolui para insuficiência renal.
Assista ao vídeo da Sociedade Brasileira de Nefrologia sobre cuidados com os rins:
.Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia. Imagem: Wikimedia Commons.
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