Notícia
Gestão da gravidez no contexto do vírus Zika
OMS publica documento com orientações para manejo clínico e prevenção da doença
Fonte
FMRP/USP e OMS
Data
quinta-feira, 2 junho 2016 10:40
Áreas
Ginecologia e Obstetrícia. Infectologia. Saúde Pública.
O mundo se une novamente contra o mosquito Aedes aegypti. E dessa vez a preocupação maior é com as gestantes expostas ao Zika vírus. No rastro da epidemia que já conta quase 1.300 casos de microcefalia diagnosticados somente no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de publicar um guia com orientações para o manejo clínico de gestantes infectadas e também para a prevenção da doença.
O documento Pregnancy Management in the Context of Zika Virus Infection (também disponível em português: Gestão da Gravidez no Contexto do Vírus Zika) é de livre acesso e está disponível no site da OMS. Mas, o Prof. Dr. Fernando Bellíssimo Rodrigues, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), lembra que este não é um guia para a população leiga; é “um documento técnico”, com informações detalhadas para os profissionais que trabalham com a doença.
Como a epidemia por Zika atingiu escala global, conta o especialista da FMRP, a OMS está tentando padronizar condutas de saúde para as melhores práticas possíveis no controle da doença, enfocando a gravidez. Por isso a preocupação com as orientações clínicas quanto às gestantes e às medidas preventivas nos mais diversos países afetados.
E a preocupação não é sem tempo, já que apesar da grande variedade de estudos acontecendo atualmente, “não temos ainda números concretos da verdadeira incidência da doença. Sabemos que está se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do globo, mas não temos a real incidência na gestação”, alerta o professor Fernando.
O controle da procriação do mosquito é ainda considerado a medida mais importante para a proteção não só contra Zika, mas dengue, chikungunya e febre amarela. Porém, essas “são medidas de difícil implementação, pois demandam comportamento humano, políticas de controle do lixo e manejo adequado de saneamento”.
E a mulher grávida, continua o professor, não pode ficar vulnerável a decisões que não dependam dela. Assim, “trabalhamos com a necessidade de estabelecer medidas individuais que as mulheres grávidas devem usar para se proteger do Zika e, por conseguinte, proteger seus bebês”. No documento da OMS, a equipe da Medicina Social da FMRP, lideradas pelos professores Fernando Bellíssimo e João Paulo de Souza, colaborou principalmente no levantamento de informações quanto ao uso de repelentes, telas mosquiteiras e equipamentos “chamados de uso individual” para proteção das gestantes.
Acesse a íntegra do documento (em português).
Fonte: FMRP/USP e OMS
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