Notícia

Gerontotecnologia para pessoas com doença de Alzheimer

Getty Images

Fonte

Revista Brasileira de Enfermagem

Data

quarta-feira, 16 agosto 2017 11:10

Áreas

Enfermagem. Gerontologia. Geriatria. Cuidados Multidisciplinares.

A doença de Alzheimer é responsável por aproximadamente 70% dos casos de demência em pessoas idosas. O número de pessoas com Alzheimer ultrapassa 15 milhões em todo o mundo, sendo que boa parte das pessoas portadoras da doença são maiores de 65 anos. Estima-se que, a partir do ano de 2050, a cada 33 segundos uma pessoa desenvolverá a doença de Alzheimer.

No Brasil, estima-se que mais de um milhão de pessoas são acometidas pela doença de Alzheimer, embora a maioria delas ainda não possua o diagnóstico. No processo de cuidado diário direcionado às pessoas idosas com Alzheimer, os familiares vivenciam dificuldades quanto às necessidades individuais e familiares, assim como verificam a necessidade de uma equipe multidisciplinar de profissionais para aprimorar a assistência.

Como recursos auxiliares para este tipo de assistência, as gerontotecnologias são tecnologias contributivas para o cuidado à saúde da pessoa idosa, levando em consideração o envelhecimento e o processo saúde/doença, promovendo o cuidado, a corresponsabilidade e a coparticipação.  Neste sentido, existe grupo Assistência Multidisciplinar Integrada aos Cuidadores de Pessoas com a Doença de Alzheimer (AMICA), que desenvolve assistência ampla aos cuidadores, debatendo assuntos do cotidiano relacionados à doença de Alzheimer, por meio da construção do conhecimento entre os familiares/cuidadores, docentes e discentes de cursos das áreas da saúde/humanas: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Terapia Ocupacional.

Um estudo publicado na edição de agosto de 2017 da Revista Brasileira de Enfermagem foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e do Centro Universitário Franciscano através de uma pesquisa exploratório-descritiva, qualitativa, realizada com 13 familiares cuidadores de pessoas idosas, participantes do grupo AMICA. Os dados foram coletados entre janeiro e abril de 2016, com uma entrevista semiestruturada e, a seguir, foram submetidos à análise textual discursiva.

Dos 13 familiares cuidadores incluídos no estudo, cinco eram do sexo feminino e oito do masculino, com idades entre 30 e 66 anos. Quanto ao grau de parentesco com a pessoa idosa com Alzheimer, oito eram filhos; dois eram netos e dois, esposos(as) ou companheiros(as); com tempo de atuação como cuidador entre dois e 14 anos. Destes, oito residiam com a pessoa idosa, e cinco, em casas separadas. Nove dos familiares cuidadores alternavam o ato de cuidar com outras pessoas e três cuidavam sem alternância. Quanto ao tempo em que os familiares cuidadores participavam do AMICA, este variou de seis meses a dez anos.

Na conclusão do estudo, os pesquisadores relatam as contribuições do AMICA como (geronto)tecnologia cuidativo-educacional no contexto da doença de Alzheimer em pessoas idosas, na perspectiva de familiares/cuidadores.

Acesse o artigo científico completo.

Fonte: Revista Brasileira de Enfermagem. Imagem: Getty Images.

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