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Fundação Leducq investe US$ 15 milhões em pesquisas sobre aterosclerose

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Fonte

UVA Health | Universidade da Virgínia

Data

terça-feira, 13 setembro 2022 06:30

Áreas

Bioengenharia. Biomecânica. Bioquímica. Cardiologia. Engenharia Biológica. Engenharia Biomédica. Hematologia. Medicina. Saúde Pública.

A Fundação Leducq concedeu US$ 15 milhões (cerca de R$ 76 milhões) a pesquisadores da Divisão de Saúde da Universidade da Virgínia (UVA Health), nos Estados Unidos, e seus colaboradores para melhorar a compreensão sobre a aterosclerose, ou endurecimento das artérias, e encontrar melhores maneiras de tratá-la. Doenças ligadas à aterosclerose são a principal causa de morte nos Estados Unidos e no mundo.

A Fundação Leducq, que se dedica a combater doenças cardiovasculares e derrames, financiou um total de quatro projetos em todo o mundo para 2022, e dois deles envolvem pesquisadores da UVA Health. A Leducq já estava apoiando outros dois projetos na UVA Health, elevando o número total de investimentos em pesquisas da UVA para quatro.

“Ver este grau de apoio da Fundação Leducq é surpreendente. Isso realmente fala sobre o calibre da pesquisa cardiovascular em andamento aqui na UVA Health”, disse a Dra. Melina Kibbe, diretora da Faculdade de Medicina da Universidade da Virgínia e diretora de assuntos de saúde da UVA Health. “Esse trabalho pioneiro pode avançar drasticamente nossa compreensão das doenças cardíacas e, em última análise, beneficiar pacientes em todos os lugares”.

Diferenças sexuais na aterosclerose

A fundação concedeu US$ 7,5 milhões (cerca de R$ 38 milhões) a uma equipe, ou ‘rede’, liderada pelo Dr. Mete Civelek, professor de Engenharia Biomédica da UVA, e pela Dra. Hester den Ruijter, pesquisadora do Centro Médico da Universidade Utrecht, nos Países Baixos.

O Dr. Civelek, que também é pesquisador do Centro de Genômica e Saúde Pública da UVA Health, e seus colaboradores investigarão diferenças importantes nas doenças cardiovasculares entre homens e mulheres. Os homens são mais propensos a sofrer ataques cardíacos e derrames causados ​​pela ruptura das placas de gordura que se acumulam nas artérias. Esse acúmulo é conhecido como aterosclerose, ou endurecimento das artérias. As mulheres, por outro lado, são mais propensas a sofrer ataques cardíacos do que é conhecido como ‘erosão da placa’ – a erosão das capas protetoras que o corpo constrói sobre as placas gordurosas para evitar que elas se desloquem.

O Dr. Civelek e seus colegas já lançaram uma luz importante sobre o que causa essas diferenças sexuais na formação de placas, incluindo a identificação de genes e hormônios contribuintes. Eles planejam desenvolver esse trabalho para determinar como o sexo afeta a aterosclerose em um nível molecular e por que as mulheres são mais propensas a desenvolver placas sintomáticas do que os homens.

Os pesquisadores dizem que suas descobertas ajudarão a fechar a ‘lacuna de conhecimento’ sobre a aterosclerose em mulheres e ajudar a levar a melhores resultados para pacientes do sexo feminino. O trabalho também pode oferecer informações importantes sobre outros problemas cardiovasculares em mulheres, incluindo dissecção súbita da artéria coronária (uma ruptura súbita e potencialmente mortal no vaso sanguíneo no coração) e uma forma de insuficiência cardíaca conhecida como ‘insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada’.

“A pesquisa de diferenças de sexo garante uma abordagem completa e interdisciplinar para realmente promover a equidade em saúde entre mulheres e homens. Acreditamos que uma compreensão mais profunda das diferenças sexuais na aterosclerose levará a inovações revolucionárias na prática clínica. Esperamos que isso inspire inovações em outras patologias nas quais as mulheres são super-representadas, mas pouco estudadas”, destacou o Dr. Civelek.

“Nossa rede também é definida por sua crença de que a diversidade é essencial para a inovação e reuniu pesquisadores de diferentes identidades de gênero, orientações sexuais, etnias e deficiências. Acreditamos que essa representação diversificada servirá de modelo para os muitos colaboradores que farão parte de nossas equipes de pesquisa”, concluiu o pesquisador.

Imunoterapia

A Fundação Leducq também está financiando um projeto de pesquisa pioneiro que pode avançar a imunoterapia como tratamento para doenças cardiovasculares. A imunoterapia visa aumentar o poder do sistema imunológico para combater doenças; neste caso, a Dra. Coleen McNamara, professora de Medicina e Imunologia na Divisão Cardiovascular da UVA, faz parte de uma equipe internacional que buscará usar a imunoterapia para melhor tratar a aterosclerose.

A imunoterapia já revolucionou o tratamento do câncer para muitos pacientes com tumores sólidos, observam os pesquisadores. Pacientes com cânceres que antes eram incuráveis ​​agora podem ser tratados com anticorpos que têm como alvo os chamados ‘pontos de verificação imunológicos inibitórios’ – um sistema que o corpo usa para regular sua resposta imune à doença. A Dra. Coleen McNamara e seus colaboradores identificaram cinco desses pontos de verificação que são importantes no desenvolvimento da aterosclerose e procurarão direcionar esses pontos de verificação para reduzir as respostas inflamatórias prejudiciais.

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Virgínia – UVA Health (em inglês).

Fonte: Joshua Barney, Universidade da Virgínia. Imagem: Getty Images.

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