Notícia
Fundação Gates financia combate à malária
Investimento é de R$ 2,2 milhões para acelerar a eliminação da malária no Brasil
Wikimedia Commons
Fonte
CNPq | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Data
quarta-feira, 20 junho 2018 17:20
Áreas
Epidemiologia. Saúde Pública. Biotecnologia.
Durante evento na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a CEO da Fundação Bill & Melinda Gates, Dra. Sue Desmond-Hellmann, anunciou investimentos de R$ 2,2 milhões para o Instituto Elimina, um consórcio de cerca de trinta organizações – que incluem o Ministério da Saúde, a Fiocruz e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – para acelerar a eliminação da malária no Brasil.
Com o financiamento da Fundação Gates, o projeto Elimina, que faz parte dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), vai desenvolver estudos para gerar evidências sobre como melhorar o atual tratamento de malária e fortalecer o sistema de saúde brasileiro para a introdução de novos medicamentos e diagnósticos. O primeiro projeto será a implementação, nas unidades de atendimento, de um teste diagnóstico para identificar a deficiência de uma enzima chamada G6PD que, segundo as estimativas, afeta 5% da população na região amazônica do Brasil – onde se concentra a maioria das infecções por malária do país. Quando infectados com a malária P.vivax, pacientes com essa deficiência enzimática apresentam intolerância às drogas atualmente utilizadas no tratamento contra a doença e aos novos medicamentos que estão sendo desenvolvidos, o que pode gerar complicações. O teste é essencial para evitá-las.
O financiamento se soma aos 35 milhões de dólares que a Fundação Gates já investiu na última década no desenvolvimento de novas ferramentas para a cura radical da malária causada pelo plasmódio P.vivax, a forma mais prevalente da doença na América Latina e a que causa mais recaídas.
“Estamos animados com o potencial deste investimento para acelerar a eliminação da malária no Brasil e em toda a América Latina”, afirmou a Dra. Sue Desmond-Hellmann, em sua primeira visita ao Brasil como CEO da Fundação Gates. “Trabalhando em colaboração com o Ministério da Saúde, a Fiocruz e outros parceiros importantes, nosso objetivo é encurtar substancialmente o tempo necessário para disponibilizar novos tratamentos e testes para a malária”. A Dra. Sue Desmond-Hellmann destacou que a malária reincidente, como a presente na região Amazônica, é extremamente debilitante, o que impede as pessoas de ir à escola e trabalhar. “O desafio é enorme, mas as recompensas ainda maiores: uma vida muito melhor para milhões de brasileiros”.
A Fiocruz tem sido um importante parceiro da Fundação Gates no Brasil para avançar não apenas o combate à malária, mas diversos outros temas em saúde pública. “O anúncio de hoje mostra como a parceria entre organizações brasileiras de pesquisa e a Fundação Gates podem produzir soluções de impacto para a saúde global. Estamos realmente orgulhosos em fazer parte desta cooperação”, destacou a presidente da Fiocruz, Dra. Nísia Trindade, durante o evento.
Acesse a notícia completa na página do CNPq.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq. Imagem: mosquito Anopheles gambiae, transmissor da malária. Fonte: Wikimedia Commons.
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