Notícia
Fiocruz produz os primeiros cristais de insulina
Nacionalização da tecnologia possibilitará autonomia ao Brasil na produção e distribuição do medicamento
Pixabay
Fonte
Farmanguinhos/Fiocruz
Data
quinta-feira, 9 fevereiro 2017 11:50
Áreas
Biotecnologia. Endocrinologia. Inovação Tecnológica. Diabetes.
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) concluiu, recentemente, a produção dos primeiros cristais de Insulina Humana Recombinante desenvolvidos pela equipe do laboratório de Bioprodutos, vinculada à Divisão de Biotecnologia, chefiada por Bárbara Ferreira. Com isso, a unidade adquire capacidade de reproduzir todas as etapas do processo de produção deste importante medicamento para pacientes diabéticos. A fabricação do hormônio por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é fruto de uma parceria para absorção da tecnologia entre o Instituto e a empresa Indar, da Ucrânia.
Em entrevista ao Canal Saúde da TV Fiocruz, a pesquisadora Bárbara Ferreira destaca a importância de se chegar aos primeiros cristais de insulina totalmente desenvolvidos pela equipe de Farmanguinhos. Assista à reportagem, vinculada no Programa “Em Pauta na Saúde” e exibido no último dia 6 de fevereiro (a matéria específica foi exibida entre os instantes 5m13s e 7m55s do programa completo):
Desde 2006, Farmanguinhos vem negociando com a empresa do Leste Europeu. Em 2013, foi formalizada a Parceria para Desenvolvimento de Produto (PDP) entre as duas instituições. Segundo Bárbara Ferreira, o objetivo é internalizar a tecnologia de produção deste medicamento, a fim de garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como gerar economia e autonomia ao país.
Chefe do Laboratório de Bioprodutos, o engenheiro químico Fabius Leineweber ressalta que, até chegar aos cristais, foram realizados vários processos, desde a entrega das cepas da bactéria Escherichia coli, até a fermentação e a purificação do produto..
A produção nacional de insulina humana foi interrompida em 2001. Desde então, o Brasil depende de importações. O País tem aproximadamente 14 milhões de pessoas com diabetes. Cerca de um milhão de pacientes adquire insulina por meio da rede pública de saúde. Portanto, além da assistência à população diabética, a nacionalização da tecnologia deste importante hormônio por Farmanguinhos possibilitará autonomia ao Brasil na produção e distribuição do medicamento.
Área de Biotecnologia
A Divisão de Biotecnologia de Farmanguinhos é constituída por uma equipe multidisciplinar que vem trabalhando intensamente no processo de absorção de tecnologia da Insulina Humana Recombinante. O Laboratório de Bioprodutos está diretamente ligado à Divisão de Biotecnologia, que, por sua vez, está vinculada à Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico de Farmanguinhos (CDT).
Chefiada por Fabius Leineweber, a equipe de Bioprodutos é composta por Alexandre Costa, Graziela Jardim, Melissa Silva, Otavio Padula, Poliana Deolindo, Valdenir Ferreira, Wagner Lopes e Maria Augusta de Jesus. Além de Bárbara Ferreira, coordenadora da área, a equipe gestora é composta ainda por Gisele Caputo, Arnaldo Mariz e Ângela Almeida.
Fonte Alexandre Matos, Farmanguinhos/Fiocruz. Imagem: Pixabay.
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