Notícia
Fibrilação atrial: nova tecnologia de mapeamento computacional não invasivo permite identificar pontos de arritmia em qualquer lugar do coração
A fibrilação atrial se caracteriza por um ritmo cardíaco irregular e muitas vezes rápido, que pode causar acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca
Vektor Medical
Fonte
UCSD | Universidade da Califórnia em San Diego
Data
sexta-feira, 18 fevereiro 2022 06:15
Áreas
Bioinformática. Cardiologia. Ciência de Dados. Computação. Engenharia Biomédica. Medicina.
Uma nova maneira de tratar arritmias, incluindo a fibrilação atrial – o diagnóstico de arritmia cardíaca mais comum na prática clínica – começou a ser usada na Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), nos Estados Unidos. O vMap é um sistema de mapeamento computacional não invasivo que produz um mapa interativo tridimensional de pontos de arritmia em qualquer lugar do coração, incluindo todas as quatro câmaras do órgão, a parede septal e as vias de saída. O sistema, que faz o mapeamento em questão de minutos, requer apenas os dados de um eletrocardiograma (ECG) padrão de 12 derivações para funcionar.
A fibrilação atrial se caracteriza por um ritmo cardíaco irregular e muitas vezes rápido, que pode causar acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Afeta mais de seis milhões de americanos, resultando em mais de 41.000 mortes anualmente. O padrão de tratamento para a doença é a ablação, na qual pequenos cateteres direcionáveis são inseridos no coração para queimar ou congelar áreas específicas responsáveis pelos sinais elétricos que causam o batimento cardíaco anormal.
Mas como essas áreas específicas estão localizadas? As técnicas tradicionais de mapeamento de arritmia são trabalhosas e demoradas, e os médicos só conseguem obter sucesso total em um número limitado de procedimentos de ablação devido à falta de informações sobre os locais de origem da arritmia. A fibrilação atrial se repete após a ablação por cateter em 20% a 40% dos casos, de acordo com a revista científica Journal of Atrial Fibrillation.
O mapeamento invasivo existente tem limitações em velocidade, eficácia e segurança, e o mapeamento não invasivo existente requer etapas adicionais, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, e não pode mapear todo o coração. Para encurtar os tempos de procedimento e melhorar o sucesso da ablação, os eletrofisiologistas precisam ser capazes de visualizar os pontos de arritmia no coração com rapidez e precisão.
“Minha equipe e eu experimentamos em primeira mão as limitações do padrão atual de atendimento para entender e tratar arritmias”. disse o Dr. David Krummen, eletrofisiologista cardíaco do UCSD Health e professor da Escola de Medicina da UCSD, que participou do projeto do vMap e atua como consultor clínico da empresa Vektor Medical, seu fabricante.
“Nós projetamos o vMap para melhorar os resultados da ablação, fornecendo rapidamente informações sobre a fonte de arritmia ao médico. Queremos que essa tecnologia aumente o sucesso da ablação de primeira passagem, diminua o risco do procedimento e melhore o atendimento de pacientes com anormalidades do ritmo cardíaco”.
O vMap – que recebeu autorização da agência regulatória FDA em novembro de 2021 – converte dados de ECG em mapas de origem de arritmia 2D e 3D usando dados de milhões de simulações de arritmia, incluindo dados do San Diego Supercomputer Center da UCSD. Os resultados do primeiro estudo clínico do vMap serão publicados ainda este ano.
Acesse a notícia na página da Universidade da Califórnia em San Diego (em inglês).
Fonte: Corey Levitan, UCSD. Imagem: Tela do vMap. Fonte: Vektor Medical.
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