Notícia

Fibras high-tech compõem novo tecido para medicina regenerativa

Nova tecnologia é apresentada na MedTec Expo 2015, na Alemanha

Fraunhofer IGB

Fonte

Fraunhofer-Gesellschaft

Data

terça-feira, 21 abril 2015 12:50

Áreas

Medicina Regenerativa. Engenharia de Tecidos. Biotecnologia.

Doadores de órgãos ou implantes sintéticos são geralmente a única opção de tratamento para pacientes que sofrem danos irreparáveis ​​em órgãos internos ou tecidos do corpo. Mas tais transplantes são muitas vezes rejeitados. Implantes desenvolvidos a partir de células autólogas são mais propensos a não sofrer rejeição pelo organismo humano. Mas a fim de crescer, estas células necessitam de um quadro estrutural compatível. Pesquisadores do Instituto Fraunhofer para Engenharia Interfacial e Biotecnologia IGB em Stuttgart estão trabalhando em um projeto para desenvolver substratos adequados – conhecido como scaffolds – em colaboração com o hospital universitário de Tübingen e da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). A solução baseia-se em uma técnica de processamento de polímeiros conhecida como eletrofiação, um processo no qual os polímeros sintéticos e biodegradáveis, tais como polilactídeos, são transformados em fibras através do uso de carga elétrica. Estas fibras são então utilizadas para criar um tecido tridimensional.

Cultivo de células dentro do corpo do paciente

Os cientistas escolheram uma nova abordagem na qual proteínas são adicionadas ao material polimérico durante o processo de eletrofiação, e ficam incorporadas nas fibras resultantes. “A eletrofiação possibilita a criação de um substrato isento de células no qual as células podem crescer depois do implante no corpo do paciente. Cada tipo de proteína atrai células específicas, que aderem ao scaffold e lá crescem. Ao selecionar a proteína adequada, podemos construir o tecido do coração ou regenerar outros órgãos danificados”, explica a Dra. Svenja Hinderer, uma das cientistas que trabalham neste projeto pelo Fraunhofer IGB em Stuttgart.

O substrato é então cortado para o tamanho requerido. Para reparar os danos no músculo do coração, por exemplo, um scaffold correspondente à extensão da área danificada é colocado sobre o tecido muscular. As fibras poliméricas degradam no organismo humano ao longo de um período de aproximadamente 48 meses. Durante este tempo, as células que se ligam às proteínas encontram um ambiente que é propício para o seu crescimento. Deste modo, elas desenvolvem a sua própria matriz e restauram as funções do tecido original.

MedTech Expo 2015

Os pesquisadores estão apresentando amostras dos scaffolds poliméricos na Medtec Expo em Stuttgart, Alemanha, que acontece entre os dias 21 e 23 de abril, no estande da joint Fraunhofer (Hall 7, Cabines 7B04 / 7B10). A exposição também inclui um biorreator para cultura de células nesses substratos.

Fonte: Fraunhofer-Gesellschaft. Imagem:Fraunhofer IGB.

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