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Fármacos anticâncer já podem ser avaliados em nível celular

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Fonte

Sociedade Brasileira de Imunoterapia e Revista Nature.

Data

domingo, 11 dezembro 2016 09:00

Áreas

Oncologia. Farmacologia. Imunoterapia. Indústria Farmacêutica. Imagens Médicas.

A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), a partir de artigo publicado na revista científica Nature pelo Dr. Daniel Gutierrez, avaliou que o campo de imagens pré-clínicas na área de pesquisa e desenvolvimento de fármacos pode estar vivendo um de seus momentos mais empolgantes em décadas. Desde o advento do Lattice Light Sheet Microscope (LLSMO), um equipamento de imagem de super-resolução, que essencialmente não produz embranquecimento ou toxicidade das fotografias para amostras biológicas, os cientistas finalmente são capazes de confiar em modelos de estudos celulares e candidatos terapêuticos por longos períodos de tempo utilizando capacidades de imageamento 4D de super-resolução. O LLSM permite gravações da maioria dos tipos de eventos biológicos, que variam do desenvolvimento embrionário, ligação à drogas e dinâmica de uma única célula a tráfego molecular entre células individuais. Mais importante, o LLSM permite estudos longitudinais por vários dias, o que excede de longe as capacidades de tecnologias como microscopia confocal de disco giratório.

Um excelente exemplo das capacidades de LLSM foi recentemente demonstrado pelo grupo do Dr. Gillian Griffiths e da Dra. Jennifer Lippincott-Schwartz (acesse o link do vídeo, com áudio compilado pela Universidade de Cambridge). Pela primeira vez, eles realizaram imagens de linfócitos T citotóxicos redistribuindo seus filamentos de actina enquanto liberam vesículas tóxicas para matar células alvo, como células tumorais.

O Dr. Daniel Gutierrez acredita que esta abordagem se tornará essencial para a descoberta e desenvolvimento de uma ampla gama de imunoterapias anticâncer da próxima geração. Por exemplo, drogas recém-emergentes como os Inibidores de Pontos de Checagem Imune (Immune Checkpoint Inhibitors = ICI) claramente se beneficiarão das capacidades não invasivas da tecnologia LLSM, como o imageamento por mais de 48h em alta resolução em tempo e espaço serão necessários para os cientistas entenderem completamente porque, onde e quando os ICI começam a atuar e como as células do sistema imune e as células tumorais respondem sob tais condições terapêuticas.

Outra tecnologia de visualização que tem ganhado destaque é o Imageamento da Citometria de Massa, popularmente conhecida como Imageamento CyTOF (CyTOF Imaging). Esta tecnologia, desenvolvida pelo Prof. Bernd Bodenmiller da Universidade de Zurich, capacita o estudo da informação metabólica dentro do microambiente tumoral e em nível de uma única célula. Combinando imunohistoquímica e a citometria de massa clássica, esta técnica em princípio poderia exibir uma ampla triagem de mais de 40 marcadores celulares simultâneos, característica que outras técnicas não oferecem, e ainda sem terem informação local sobre a distribuição celular espacial entre os tecidos.

Por causa das inúmeras vantagens que estas tecnologias apresentam, o Dr Gutierrez acredita que se a indústria farmacêutica expandir seu uso durante o desenvolvimento pré-clínico de drogas in-vitro e in-vivo, o delineamento de terapias poderia melhorar significativamente, considerando a própria fisiopatologia da doença estudada. Isto poderia encurtar os prazos para que as drogas atinjam a fase clínica.

Acesse o resumo do artigo publicado na revista Nature.

Assista ao vídeo da ação imunoterápica celular:

Fonte: Sociedade Brasileira de Imunoterapia e Revista Nature.. Imagem: Reprodução.

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