Notícia
Extrato de jucá contra rugas e manchas na pele
Ação antioxidante pode retardar a perda de colágeno
Wikimedia Commons
Fonte
Agência Fapesp
Data
segunda-feira, 21 novembro 2016 20:20
Áreas
Farmácia. Farmacognosia. Química Medicinal. Cosmética. Dermoestética.
O jucá (Libidibia ferrea), também conhecido como pau-ferro, é uma árvore nativa do Brasil, amplamente distribuída nas regiões Norte e Nordeste e, apesar do pequeno porte, possui grande potencial biológico. O pó de sua casca é usado como chá pela medicina tradicional da região e para o tratamento de problemas no fígado ou no estômago. Industrializado, o extrato da casca entra na composição de diversas marcas de sabonete íntimo, por conta de propriedades antissépticas.
Um trabalho pioneiro desenvolvido pelo Prof. Dr. Emerson Silva Lima, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mostrou que a casca e a vagem do jucá possuem princípios antioxidantes e que também poderiam apresentar efeitos no tratamento de problemas do fígado. A investigação das propriedades do jucá possibilitou a publicação de um artigo na edição de novembro de 2016 da revista científica Archives of Dermatological Research que destaca os efeitos do jucá na ação antienvelhecimento e antipigmentação. O artigo é assinado pelo professor Emerson Lima e outros 13 pesquisadores da Ufam, da Universidade de São Paulo, da Universidade do Estado do Amazonas e das universidades federais de São Paulo e do Pará.
Entre as explicações para esses efeitos está a ação antioxidante do ácido gálico que age sobre as enzimas (tirosinase e colagenase) que atuam no envelhecimento por degradação do colágeno, o que, com o tempo, deixa a pele flácida, com rugas e com manchas. O processo de envelhecimento da pele é consequência da incapacidade progressiva do sistema de defesa antioxidante em deter os efeitos danosos da ação oxidante nos tecidos. As consequências são a perda de elasticidade, a progressiva flacidez dos tecidos, o aparecimento de rugas e o surgimento de manchas na pele. Outro mecanismo foi observado devido à presença de epicatecina e catecina nos extratos. Trata-se de dois polifenóis com ação reconhecidamente inibidora da tirosinase, podendo atuar como agente despigmentante através da ação clareadora em cremes antienvelhecimento. A produção de cosméticos com ação antioxidante natural poderá ser alvo de patentes futuras para o desenvolvimento de novas terapias, após o isolamento do principio ativo.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Fonte: Peter Moon, Agência Fapesp. Imagem: Wikimedia Commons
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