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Exercícios físicos e vitamina D: juntos, para a saúde do coração

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Fonte

Universidade Johns Hopkins.

Data

sábado, 29 abril 2017 19:10

Áreas

Cardiologia. Educação Física. Endocrinologia. Saúde Pública.

De acordo com uma nova pesquisa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, a vitamina D e o exercício físico fazem uma boa dupla para melhorar a saúde do coração.

Os pesquisadores descobriram que os dois fatores têm maior eficácia em conjunto do que isoladamente para proteger o sistema cardiovascular e reduzir o risco de eventos como ataques cardíacos e derrames.

As descobertas, publicadas na revista científica “Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism”, também sugerem que o exercício físico pode ajudar no aumento dos níveis de vitamina D no sangue.

Para o estudo, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins analisaram pesquisas e registros de saúde de mais de 10 mil adultos americanos por quase 20 anos. Embora tanto a vitamina D (a vitamina da “luz solar”) quanto o exercício físico têm sido reconhecidos por reduzir os riscos de doença cardíaca, esta pesquisa analisou a relação direta entre os dois fatores e seu papel comum na saúde do coração.

“Em nosso estudo, tanto a incapacidade de cumprir os níveis de atividade física recomendada e a deficiência de vitamina D eram muito comuns”, diz a Dra. Erin Michos, diretora associada de cardiologia preventiva e professora associada de medicina no Centro Ciccarone para a Prevenção de Doenças do Coração na universidade.

A equipe descobriu que os níveis de exercícios correspondiam positiva e diretamente aos níveis de vitamina. Os participantes que cumpriram os níveis de exercícios recomendados tinham um risco 31% menor de deficiência de vitamina D. Notavelmente, porém, os pesquisadores só notaram esta relação positiva em participantes brancos, não africano-americanos.

Uma segunda fase do estudo descobriu que os participantes mais ativos com os maiores níveis de vitamina D tinham o menor risco de doença cardiovascular futura. Especificamente, os participantes nessa categoria experimentaram cerca de 23% menos chance de um evento cardíaco adverso, como um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, ou morte devido a doença cardíaca ou acidente vascular cerebral.

Por outro lado, os participantes que tiveram nível adequado de exercícios, mas eram deficientes em vitamina D, não apresentaram risco reduzido de eventos adversos. Em outras palavras, o benefício combinado da vitamina D e exercício físico foi mais forte do que qualquer outro fator de saúde isolado

A Dra. Erin Michos diz que a exposição ao sol pode não ser o elo de ligação entre a vitamina D e o exercício físico. A especialista alerta que talvez outros fatores possam estar em jogo, como um estilo de vida mais saudável.

Quanto à disparidade racial encontrada no estudo, os achados podem sugerir que o aumento da atividade física pode não ser tão eficaz para aumentar a vitamina D em afro-americanos como em brancos. O Dr. Erin Michos observa que as pessoas com pele mais escura produzem vitamina D com menor eficiência após a exposição ao sol, possivelmente devido a maiores quantidades de melanina.

Sobre os suplementos de vitamina D, a Dra. Michos adverte que as pessoas que cumprem a quantidade diária recomendada de vitamina (600 a 800 Unidades Internacionais) não precisam mais. E para muitos, diz ela, a melhor maneira de garantir os níveis adequados são a exposição ao sol, uma dieta saudável e o estilo de vida. Os benefícios de suplementos de vitamina D ainda não são comprovados quando se trata de saúde cardíaca, observa a Dra. ErinMichos, apontando para um estudo clínico recente que não conseguiu mostrar qualquer benefício cardiovascular com altas doses mensais do suplemento.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Fonte: Universidade Johns Hopkins. Imagem: Shutterstock.

 

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