Notícia
Exame de Papanicolaou detecta câncer do colo do útero precocemente
Saiba mais sobre o exame que pode ser decisivo para a saúde da mulher
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Fonte
SESA-PR, Universidade FUMEC, Instituto do HPV e Inca
Data
sábado, 24 junho 2017 12:50
Áreas
Ginecologia. Oncologia. Biomedicina. Saúde da Mulher. Saúde Pública.
Um estudo da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná (SESA-PR) identificou que a cobertura do exame Papanicolaou, também conhecido como citopatológico, deve ser ampliada nos serviços de saúde. Com o exame, é possível identificar lesões precursoras de câncer que, quando descobertas nesta fase, têm 100% de chances de cura.
O câncer do colo do útero é o terceiro mais frequente na população feminina do Brasil, com quase 18 mil novos casos anualmente, e a quarta causa de morte por câncer entre mulheres, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
No Paraná, em 2015, foram registradas 340 mortes pela doença. “Nosso apelo é para que as mulheres compareçam regularmente a unidade de saúde mais próxima de suas residências para que seja colhido o exame de Papanicolaou e para que cada vez menos pessoas morram em decorrência de uma doença que pode ser curada”, alerta o superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Dr. Juliano Gevaerd.
Recomendação
O exame deve ser feito periodicamente, principalmente dos 25 aos 64 anos. De acordo com o médico ginecologista da Divisão de Saúde da Mulher da SESA-PR, Dr. Marcos Takimura, todas as mulheres em idade reprodutiva com vida sexual ativa ou que já tiveram ao menos uma relação sexual devem colher o exame.
“Seguindo recomendações do Inca, se esse exame for feito duas vezes consecutivas com o intervalo de um ano e não forem identificadas alterações, a mulher sem comportamento sexual de risco pode dar intervalos de três anos para repetir o Papanicolaou. Quando maiores de 65 anos, a coleta pode ser encerrada ou o intervalo pode ser maior, caso não haja novo parceiro”, detalha o médico.
O exame é simples e é feito em cinco minutos.
Assista ao vídeo “Tutorial de coleta de exame Papanicolaou”, produzido por estudantes do curso de Biomedicina da Universidade FUMEC:
Assista à Webconferência do Sistema Telessaúde de Santa Catarina sobre a coleta do exame preventivo com a enfermeira Anna Carolina Ribeiro Lopes Rodrigues:
Câncer
O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV) do tipo oncogênico. A transmissão do vírus predominantemente ocorre por relações sexuais e, por isso, o uso de preservativo ajuda a proteger parcialmente do contágio, mas, por também estar presente fora dos órgãos genitais masculino e feminino, não garante proteção integral.
O ginecologista também ressalta que o câncer do colo do útero não costuma apresentar sintomas na fase inicial. “Pouquíssimas vezes a doença se apresenta de forma sintomática no início, como verrugas genitais. Agora em estágios mais avançados pode haver sangramentos e corrimentos anormais, e dores abdominais, mas neste momento as chances de cura já são quase nulas”, explica.
Vacinação contra o HPV tem público-alvo ampliado
O Ministério da Saúde ampliou ainda mais a faixa etária para os meninos. Agora, a vacina é para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, além de pacientes com HIV/Aids, oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos.
Entretanto, a adesão ainda é muito baixa em todo o país. “A população precisa estar ciente que a vacina vai trazer resultados em longo prazo. Com ela, teremos uma próxima geração com menor incidência dos cânceres causados pelo HPV que, além do colo do útero, também é responsável pelo câncer de pênis, boca, ânus e outros”, fala a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Dra. Carla Domingues.
Acesse o Guia do HPV, produzido pelo Instituto do HPV.
Acesse o documento “Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero”, produzido pelo Inca.
Fonte: SESA-PR, Universidade FUMEC, Instituto HPV e Inca. Imagem: Divulgação.
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