Notícia

Estudos aprimoram uso da microtecnologia na biomedicina

Plataformas microfluidas podem melhorar confiabilidade e precisão em medicamentos e análises

Divulgação, USP

Fonte

USP

Data

terça-feira, 17 março 2015 09:25

Áreas

Microtecnologia.

Pesquisa do Prof. Dr. Adriano Mesquita Alencar, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), em parceria com Luciana Ramos, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e com o Prof. Dr. Arnan Mitchell, da RMIT University (Austrália) irá estudar a fabricação de plataformas microfluidas para pesquisas biomédicas utilizando cerâmicas sinterizadas em baixa temperatura (LTCC). O projeto está entre as seis propostas selecionadas recentemente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na primeira chamada conjunta para projetos de intercâmbio entre pesquisadores do Estado de São Paulo e a Australian Technology Network of Universities (ATN), no âmbito do acordo de cooperação científica firmado entre as duas instituições.

Segundo o professor Alencar, a parceria de pesquisa estabelecida entre o IFUSP, a RMIT University, da Austrália e o IPT, visa explorar o uso de microtecnologia para o estudo de fenômenos biomédicos. Essa tecnologia de microfluídica integrada a estruturas de microeletrônica permite, por exemplo, estudar a separação e manipulação de partículas com volumes da ordem de picolitros.

Precisão
Essa quantidade mínima está vinculada com a precisão que se tem para medir essas quantidades. Usualmente as unidades utilizadas são mililitros (1/1,000 do litro). Com a microfluídica, consegue-se gotas da ordem de picolitro (1/1,000,000,000,000 do litro). Dessa forma, pode-se multiplicar a velocidade de reação dos reagentes e a precisão, com enorme economia de materiais. Para o professor, é esperado que os resultados finais deste projeto permitam a criação de dispositivos em miniatura capazes de manipular e selecionar células e fluídos biológicos para pesquisas, completamente embalados em dispositivos microscópicos, com alta confiabilidade e uso a longo prazo. Este projeto também irá focar no desenvolvimento de plataformas microfluídicas para o estudo das propriedades reológicas de células vivas, um ramo da ciência denominado “órgão em um chip”.

O alcance da pesquisa com a microfluídica está relacionado com a sua aplicabilidade imediata, algumas empresas farmacêuticas já utilizam essa tecnologia para fazer medicamentos com maior precisão. Nesse caso, para a empresa há redução de custos, pois diminui o desperdício de matérias primas e para o paciente, existe a diminuição a exposição ao risco de ingerir mais medicamento do que precisa.

Fonte: Assessoria de Comunicação do IFUSP. Agência USP de Notícias. Imagem: Divulgação, USP.

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