Notícia
Estudo realizado pelo Complexo HC da UFPR resulta em medicamento inovador para a artrite
Medicamento é o primeiro por via oral para tratar a artrite reumatóide
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O chefe da especialidade de Reumatologia do Complexo Hospital de Clínicas (CHC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Dr. Cezar Radominski, participou de estudo sobre artrite reumatóide, realizado em parceria com outros três centros de estudos do Brasil. Desde 2005, o Dr. Radominski vem pesquisando um novo medicamento para a artrite reumatóide no Centro de Estudos em Reumatologia. Segundo o pesquisador, “a pesquisa desenvolveu um medicamento inovador, de uma nova classe terapêutica (anti-JAK3), o Tofacitinibe, que age bloqueando a sinalização para a inflamação agora dentro do núcleo das células, reduzindo a progressão da doença e impedindo a destruição articular”. Cerca de 80 pacientes participaram dos estudos clínicos de fase II e III e a maioria se encontra ainda nos estudos de extensão a longo prazo, no centro de estudos.
O novo fármaco pode ser utilizado via oral e, portanto, é muito mais prático do que os medicamentos imunobiológicos injetáveis que são administrados em instituições de saúde atualmente. Além de tornar o procedimento mais viável economicamente, o perfil de segurança e a eficácia do novo medicamento são semelhantes aos do medicamento atual.
Após estudos de fase III, este novo fármaco já foi aprovado, em 2012, pelo Food and Drug Administration (FDA, a agência federal que regula medicamentos nos Estados Unidos), e, no fim de 2014, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa). Desde maio de 2015, o medicamento está disponível para uso no Brasil, por meio de planos de saúde e vendas em farmácia sob prescrição médica. No momento, ele aguarda incorporação na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para uso em toda a rede pública.
A artrite reumatoide (AR)
É uma doença crônica autoimune que leva à inflamação (artrite) e à destruição das articulações em médio e longo prazo. Se não tratada em suas fases iniciais, a doença pode acarretar deformidades irreversíveis, sendo uma das maiores causas de incapacidades especialmente em mulheres adultas jovens, com grande impacto na qualidade de vida. É também um dos principais motivos de próteses articulares totais nesta faixa etária, além de osteoporose precoce, especialmente, por uso crônico de corticoides. Embora não tenha cura, a descoberta de novos tratamentos como os chamados de imunobiológicos (anti-TNFs e outros), constituiu-se em uma revolução e alento no tratamento da AR nos últimos 15 anos. Ainda assim, pode-se dizer que cerca de 30% dos pacientes permanecem com sua doença em atividade apesar de todos os avanços recentes. Além disso, todos os medicamentos imunobiológicos disponíveis atualmente são de uso injetável, seja intravenoso ou subcutâneo, o que pode ser um obstáculo para boa parte dos pacientes, quanto à aderência ao tratamento.
Fonte: Assessoria de Marketing do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR. Imagem: Shutterstock.
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