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Estudo encontrou forte associação entre saúde cardiovascular e conflitos relacionados ao trabalho e à família

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Fonte

FMUSP | Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Data

terça-feira, 15 outubro 2019 11:05

Áreas

Medicina. Estudo Clínico. Saúde Pública.

Entre as diversas linhas de estudo desenvolvidas dentro do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), a tese da Dra. Priscila Rocco, sob orientação do professor Dr. Itamar de Souza Santos, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), recebeu destaque na revista científica Journal of the American Heart Association, publicação da Associação Americana do Coração.

O trabalho, intitulado Work‐Family Conflict and Ideal Cardiovascular Health Score in the ELSA‐Brasil Baseline Assessment, realizou um estudo transversal com mais de 11 mil participantes, tendo encontrado forte associação entre saúde cardiovascular e conflitos relacionados ao trabalho e à família.

“Pessoas que relataram algum conflito entre o trabalho e a família, ou seja, as relações da família interferindo no trabalho ou vice-versa, foram as que apresentaram uma saúde cardiovascular pior e este é um fenômeno que ocorre principalmente entre as mulheres. Além disso, também foram as que apresentaram estilos de vida ruim, do ponto de vista de atividades físicas e outros hábitos que influenciam na saúde cardiovascular”, afirma o Dr. Itamar Santos.

“O trabalho é um bom exemplo de como os saberes distintos do ELSA-Brasil propiciam conhecimento de relevância e interesse tanto na esfera científica como em políticas públicas. O tema é atualíssimo, considerando as atuais formas de trabalho em domicílio”, disse o coordenador principal do ELSA-Brasil e Professor da FMUSP, Dr. Paulo Andrade Lotufo, que é também superintendente do Hospital Universitário da USP (HU-USP).

Segundo o Dr. Itamar Santos, a reportagem da revista científica destacando o trabalho dá mais incentivo para prosseguir essa linha de pesquisa. “É importante agora seguir esse grupo para saber, como as outras pessoas, que também vivem sob esse tipo de estresse, conseguem manter boa saúde cardiovascular, ou seja, pretendemos entender que tipo de proteção elas desenvolvem para não apresentar o risco aumentado de doença cardiovascular”, conclui o especialista.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia na página da FMUSP.

Fonte: Assessoria de Comunicação da FMUSP. Imagem: Divulgação.

 

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