Notícia
Estudo aponta que 70% dos adultos tiveram alterações no sono durante a pandemia
Primeira etapa da pesquisa realizada pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul investigou os efeitos do confinamento domiciliar no sono da população
Shutterstock
Fonte
PUC-RS | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Data
quinta-feira, 6 maio 2021 06:35
Áreas
Neurociências. Saúde Pública.
Dificuldades para dormir têm afetado boa parte da população durante a pandemia provocada pela COVID-19. Entre os adultos, 70% tiveram alterações para iniciar ou manter o sono. Esse é o resultado apontado pela primeira etapa da pesquisa ‘Como está o seu sono nessa quarentena?’, realizada pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), localizado no Campus da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
O estudo destacou que nos adultos as alterações no sono estão principalmente relacionadas às mudanças na rotina dos filhos e preocupações emocionais como ansiedade e medo. Os dados apontaram alterações no sono de 58,6% das crianças de 0 a 3 anos, 27,7% das crianças de 4 a 12 anos e 56,6% dos adolescentes. De acordo com a pesquisa, pais que têm filhos nessas faixas etárias tiveram aumento nas chances de desenvolverem problemas no sono.
“Comparando com dados anteriores, durante a pandemia os problemas para dormir duplicaram entre adultos e adolescentes. Nas crianças de 0 a 3 anos, as dificuldades triplicaram”, afirmou a coordenadora da pesquisa e vice-diretora do InsCer, Dra. Magda Lahorgue Nunes.
Insônia pode ser consequência da quebra da rotina
Em relação à dificuldade para dormir, a Dra. Magda destacou que as mudanças na rotina podem ser um dos causadores. “Queixas de insônia estão sendo muito frequentes durante a quarentena. Isso certamente é decorrente de quebras nas rotinas, da falta de necessidade de cumprir horários, além do relaxamento nos aspectos de higiene do sono, como variações no horário de dormir e de acordar e o uso excessivo de telas”, afirmou a pesquisadora.
Para manter a saúde do sono, apesar de todas as mudanças e das preocupações causadas pela pandemia, é importante tentar seguir uma rotina. “Ter um horário para dormir e acordar, evitar o uso de telas pelo menos 30 minutos antes de dormir, não fazer uso excessivo de álcool, optar por refeições leves à noite e evitar bebidas com cafeína podem ajudar”, sugeriu a Dra. Magda.
Ampliação da pesquisa sobre alterações no sono
A primeira etapa do estudo teve dados coletados entre abril e junho de 2020. Com a extensão do contexto de pandemia, foi adicionada uma segunda etapa do estudo para entender o comportamento do sono da população após mais de um ano de quarentena.
A segunda etapa da pesquisa está aberta a todos, independente da participação na primeira fase. Para participar basta responder um questionário online, disponível até o dia 30 de junho. Nesta segunda fase, foram adicionadas questões referentes à depressão e à violência doméstica.
Acesse a notícia completa na página da PUC-RS.
Fonte: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Imagem: Shutterstock.
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