Notícia

Estresse e insônia podem estar associados ao ritmo cardíaco irregular após a menopausa

Os fatores de risco tradicionais de fibrilação atrial incluem idade avançada, hipertensão, diabetes e obesidade

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Fonte

AHA | Associação Americana do Coração

Data

domingo, 3 setembro 2023 18:05

Áreas

Cardiologia. Ciência Social. Comportamento. Endocrinologia. Envelhecimento. Medicina. Metabolismo. Neurociências. Psicologia. Saúda da Mulher. Sono.

Insônia e eventos estressantes da vida podem explicar por que algumas mulheres desenvolvem um ritmo cardíaco irregular após a menopausa, segundo uma nova pesquisa.

Os fatores psicossociais são ‘a peça que faltava no quebra-cabeça’, que pode levar à fibrilação atrial, segundo os pesquisadores. As descobertas foram publicadas na revista científica Journal of the American Heart Association.

“Vejo muitas mulheres na pós-menopausa com saúde física perfeita que lutam contra o sono insatisfatório e sentimentos ou experiências emocionais psicológicas negativas, que agora sabemos que podem colocá-las em risco de desenvolver fibrilação atrial”, disse a Dra. Susan X. Zhao, autora principal do estudo, em comunicado à imprensa. A Dra. Susan Zhao é cardiologista do Santa Clara Valley Medical Center, na Califórnia.

Os fatores de risco tradicionais de fibrilação atrial incluem idade avançada, hipertensão, diabetes e obesidade. O ritmo cardíaco irregular pode causar coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e outros problemas cardiovasculares. A fibrilação atrial afeta principalmente adultos mais velhos, e espera-se que mais de 12 milhões de pessoas nos EUA a desenvolvam até 2030, de acordo com estatísticas da Associação Americana do Coração (American Heart Association).

Estudos anteriores demonstraram que, como as mulheres vivem mais do que os homens, podem enfrentar um risco mais elevado e piores resultados relacionados com a fibrilação atrial.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 83 mil mulheres que participaram da Iniciativa de Saúde da Mulher, um estudo de saúde em andamento nos Estados Unidos. A idade das mulheres varia de 50 a 79 anos e a maioria é branca.

Os participantes responderam perguntas sobre acontecimentos estressantes da vida, como perda de um ente querido, doença, divórcio, pressão financeira e abuso doméstico, verbal, físico ou sexual. As perguntas sobre seus hábitos de sono focaram na qualidade geral e se elas tiveram problemas para adormecer ou acordavam durante a noite. Outras questões abordaram a sua vida e apoio social e o seu sentido de otimismo.

Mais de uma em cada quatro participantes desenvolveu fibrilação atrial durante um período médio de acompanhamento de cerca de uma década. Para cada ponto adicional na escala de insônia, houve uma probabilidade 4% maior de desenvolver fibrilação atrial. Cada ponto adicional na escala de eventos estressantes resultou em uma probabilidade 2% maior de doença cardíaca.

“A conexão entre o coração e o cérebro foi estabelecida há muito tempo em muitas condições”, disse a Dra. Zhao. A fibrilação atrial ‘é propensa a alterações hormonais decorrentes de estresse e sono insatisfatório. Essas vias comuns provavelmente sustentam a associação entre estresse e insônia com a fibrilação atrial”.

A dependência de questionários aplicados aos pacientes no início do estudo limitou a pesquisa, disseram os autores. Eles sugeriram que mais pesquisas devem ser feitas para confirmar as ligações entre o estresse psicossocial, o bem-estar emocional e o desenvolvimento da fibrilação atrial.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse  a notícia completa na página da Associação Americana do Coração (em inglês).

Fonte: Associação Americana do Coração. Imagem: Freepik.

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