Notícia

Esteroides anabolizantes e seus efeitos no organismo

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Fonte

SBEM

Data

quarta-feira, 1 março 2017 19:15

Áreas

Endocrinologia. Metabolismo. Educação Física.

O uso de anabolizantes por pessoas que praticam esportes vem se tornando um hábito comum, a fim de aumentar a competitividade, ajudar na cura de lesões ou simplesmente por questões estéticas. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) disponibiliza informações a respeito desse tema.

Os esteroides anabolizantes são drogas derivadas do hormônio testosterona e são conhecidos pelos efeitos gerados nos músculos, como a hipertrofia, o ganho de força e de potência. Entre os efeitos colaterais, os mais comuns são aumento de acnes, queda do cabelo, distúrbios da função do fígado, tumores no fígado, explosões de ira ou comportamento agressivo, paranoia, alucinações, psicoses, coágulos no sangue, retenção de líquido no organismo, aumento da pressão arterial e risco de adquirir doenças transmissíveis (AIDS, Hepatite).

Nos homens, o uso excessivo de anabolizantes pode causar aparecimento de mamas (ginecomastia), redução dos testículos, diminuição da contagem dos espermatozóides e calvície. Nas mulheres pode ocorrer o engrossamento da voz, o surgimento de pelos além do normal (hirsutismo), o aumento do tamanho do clitóris, a irregularidade ou interrupção das menstruações, a diminuição dos seios e o aumento de apetite. Nos adolescentes, as consequências podem ser mais sérias, como comprometimento e parada do crescimento, maturação óssea acelerada, aumento da frequência e duração das ereções, desenvolvimento sexual precoce e hipervirilização, crescimento do falo (hipogonadismo ou megalofalia), aumento dos pelos púbicos e do corpo, além do ligeiro crescimento de barba.

A utilização clínica dessas substâncias pode ser realizada após uma prescrição médica para regularizar alguma disfunção responsável pela diminuição ou desequilibrio na produção da testosterona, principalmente o hipogonadismo. A aplicação injetável pode levar ao risco de infecção pelo HIV, vírus da hepatite e outras doenças transmissíveis pelo sangue, caso as agulhas sejam compartilhadas com algum portador dessas patologias. O uso entre atletas, apesar de ser proibido e considerado doping, ainda é comum devido à expectativa de melhora do desempenho e ganho de massa muscular por parte dos treinadores e dos próprios atletas. O uso combinado com outras substâncias (principalmente a insulina) e a falta de esterilização são fatores agravantes que favorecem o surgimento das complicações. A interrupção abrupta desse hormônio pode acarretar quadros depressivos e diminuição na produção da testosterona.

Em longo prazo, complicações como a insuficiência hepática, a sarcopenia e a insuficiência renal  podem prejudicar a saúde dos usuários. O uso controlado necessita de acompanhamento com médico especialista para monitorar os efeitos no organismo conforme, esclarece a cartilha elaborada pela SBEM.

Acesse a cartilha da SBEM.

Fonte: SBEM. Imagem: Pixabay.

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