Notícia
Esporotricose: doença de gatos também afeta humanos
Conheça mais sobre a doença que tem apresentado surtos em São Paulo e Rio de Janeiro
Divulgação
Fonte
Ministério da Saúde e Unifesp
Data
terça-feira, 28 junho 2016 12:55
Áreas
Microbiologia. Micologia. Dermatologia.
Nos últimos meses, têm sido relatados surtos em humanos de uma doença que acomete principalmente gatos: a esporotricose. Rio de Janeiro e São Paulo têm mostrado números alarmantes e é importante conhecer e estar atento às formas de contágio, sintomas e desdobramentos da doença.
A esporotricose se manifesta na forma de lesões na pele, geralmente nos braços, pernas e rosto, que se originam de um ou mais carocinhos vermelhos e podem virar feridas. Somente o dermatologista pode fazer o diagnóstico da doença em humanos, pois ela pode ser facilmente confundida com outras enfermidades de pele. Nos animais, o diagnóstico pode ser feito em clínicas veterinárias e os sinais mais comuns são lesões profundas na pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e evoluem de forma rápida.
O fungo causador da esporotricose costuma habitar o solo, palhas, vegetais e também madeiras, sendo transmitido por pedaços contaminados, como farpas ou espinhos. O contato direto com animais contaminados, em especial os gatos, também transmite a doença, por meio de arranhões, mordidas e toque na pele lesionada.
Algumas simples medidas podem evitar a transmissão do fungo. Em contato com animal suspeito de estar com a doença, deve-se utilizar luvas e lavar bem as mãos após o manuseio. Higienizar o ambiente também pode reduzir a quantidade de fungos dispersos e evitar novas contaminações. Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para impedir que o fungo se espalhe pelo solo.
O tratamento recomendado, na maioria dos casos humanos e animais, é o uso de antifúngico, que deve ser receitado por médico ou médico veterinário. A dose a ser administrada deve ser avaliada por esses profissionais, de acordo com a gravidade da doença, mas, dependendo do caso, outros fármacos podem ser usados.
Outro cuidado importante é isolar o animal em um ambiente próprio até que o tratamento da esporotricose esteja concluído, assim evita-se a contaminação de outros ambientes, animais e pessoas. Não há registros de casos de transmissão entre humanos. Pelo que se sabe, as pessoas só contraem a doença pelo contato com animais ou ambientes infectados.
Palavra dos especialistas
Um vídeo explicativo muito importante sobre a doença foi produzido pelo programa “Perspectivas”, da WebTV da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em entrevista, os especialistas Prof. Dr. Zoilo Pires de Camargo, do Laboratório de Micologia Médica e Molecular e também o Prof. Dr. Anderson Rodrigues, do Departamento. de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (DMIP) e da Disciplina de Biologia Celular, explicam o que é a esporotricose, formas de transmissão, diagnóstico, tratamento e falam também sobre as pesquisas que estão sendo realizadas. Assista ao vídeo:
Fonte: Bia Magalhães, Blog da Saúde (Ministério da Saúde) e Unifesp. Imagem: Divulgação.
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