Notícia

Especialistas debatem o futuro das tecnologias vestíveis

Onur Binay via Unsplash

Fonte

Imperial College de Londres

Data

segunda-feira, 28 junho 2021 06:45

Áreas

Bioeletrônica. Bioinformática. Engenharia Biomédica. Saúde Pública.

No ano passado, o Instituto de Ciência e Engenharia Molecular (IMSE) do Imperial College de Londres, no Reino Unido, reuniu cientistas, engenheiros e médicos de toda a universidade para discutir como seriam os dispositivos vestíveis do futuro.

Falta de regulamentação

Uma das principais descobertas dos especialistas é que a divisão entre dispositivos de “bem-estar” que incentivam um estilo de vida saudável (por exemplo, o Apple Watch ou Fitbit) e dispositivos médicos está começando a se confundir. Um bom exemplo disso é que uma série recente do Apple Watch recebeu aprovação médica para monitorar a fibrilação atrial – uma doença cardíaca que causa uma frequência cardíaca irregular e muitas vezes anormalmente rápida.

No entanto, atualmente não há regulamentação para dispositivos de bem-estar. Um exemplo disso é que não existe legislação atual que impeça as empresas de coletar dados de cada usuário, que podem ser usados em anúncios direcionados e no desenvolvimento de produtos. Se os futuros vestíveis puderem monitorar mais sobre as pessoas, essa falta de regulamentação poderá fazer com que cada vez mais dados pessoais sejam suscetíveis ao uso indevido.

Painel de discussão

Em um evento conjunto entre o IMSE e o The Fórum do Imperial College, representantes da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA), do Gabinete do Comitê de Informação e pesquisadores do Imperial College discutiram o quanto uma orientação clara sobre dispositivos de bem-estar é necessária atualmente.

Um dos membros do painel, a Dra. Nejra van Zalk, professora na Escola de Engenharia de Design do Imperial College, descreveu como os dispositivos e aplicativos de bem-estar são atualmente um “Oeste Selvagem” em termos de regulamentação. Ela também argumentou que tal orientação deve ser publicada de uma forma que possa ser compreendida por públicos não especializados, como desenvolvedores de aplicativos.

Os especialistas do evento concordaram que as futuras orientações e regulamentações devem envolver uma abordagem multidisciplinar que inclua reguladores, empresas de tecnologia vestível, academia e profissionais médicos trabalhando em conjunto.

O futuro é (bio)químico

O evento também ouviu o Dr. Firat Güder, professor do Departamento de Bioengenharia do Imperial College, que discutiu como os sensores bioquímicos permitirão que os vestíveis meçam mais sobre nós na próxima década.

Uma área de pesquisa promissora são as microagulhas. As microagulhas penetram na camada externa da pele para obter acesso ao fluido subcutâneo. Esta técnica minimamente invasiva permite uma análise mais aprofundada de alguns parâmetros do corpo.

Acesse o documento completo sobre o futuro das tecnologias vestíveis (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Imperial College de Londres (em inglês).

Fonte: Dr. Kieran Brophy e George Hope, Imperial College de Londres. Imagem: Onur Binay via Unsplash.

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