Notícia

Epilepsia: reconhecer, tratar e ajudar

Crise epiléptica pode apresentar sintomas variados

Getty Images

Fonte

Associação Brasileira de Epilepsia

Data

sábado, 19 março 2016 07:20

Áreas

Neurologia.

As epilepsias constituem o distúrbio neurológico crônico mais comum. Estima-se que existam atualmente cerca de 8 milhões de pessoas com epilepsia na América Latina, sendo que cerca de 3,5 milhões não recebem tratamento médico adequado.

Epilepsia é uma doença cerebral caracterizada por uma das seguintes condições:

  1. Pelo menos duas crises não provocadas (ou duas crises reflexas) ocorrendo em um intervalo superior a 24 horas
  2. Uma crise não provocada (ou uma crise reflexa) e chance de uma nova crise estimada em pelo menos 60%
  3. Diagnóstico de uma síndrome epiléptica

A epilepsia é considerada resolvida naqueles indivíduos que tiveram uma epilepsia relacionada a uma determinada faixa etária e que agora ultrapassaram essa idade ou naqueles que tiveram a última crise há mais de 10 anos e estão há pelo menos 5 anos sem usar medicações antiepilépticas.

Crise epiléptica

A crise epiléptica é definida como a ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas devido a uma atividade neuronal síncrona ou excessiva no cérebro. Esses sinais ou sintomas incluem fenômenos anormais súbitos e transitórios tais como alterações da consciência, ou eventos motores, sensitivos/sensoriais, autonômicos ou psíquicos involuntários percebidos pelo paciente ou por um observador. As crises epilépticas provocadas podem ser ocasionadas por condições agudas e transitórias, tais como alterações sistêmicas, metabólicas (descompensação diabética, alterações renais, diminuição de cálcio no sangue) ou tóxicas, ou lesões ao Sistema Nervoso Central (SNC) (infecção, AVC, trauma craniano, hemorragia intracerebral, intoxicação ou abstinência aguda de álcool), doenças infecciosas (neurocisticercose, abcesso cerebral, HIV, meningite, encefalite), esclerose múltipla, malformações arteriovenosas, problemas ocorridos durante o parto e tumores. As crises epilépticas não provocadas são crises isoladas ou agrupadas dentro de um período de 24 horas, que ocorrem na ausência de um fator clínico precipitante e em uma pessoa sem histórico prévio compatível com epilepsia. Estima-se que o risco de recorrência da crise em uma pessoa que teve duas crises não provocadas voltar a ter crises epilépticas está entre 60 e 90%.

Sintomas

Os sintomas são variados e dependem do tipo de crise. Em geral, a pessoa experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo e pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. A pessoa pode perder a consciência e sentir-se confusa com perda da memória. Se a crise for prolongada (mais que 30 minutos) poderá haver grande prejuízo das funções cerebrais.

Tratamento

O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. O tratamento costuma ser longo, sendo necessário acompanhamento médico periódico, porém poderá ocorrer a cura com o desaparecimento das crises em alguns casos.

Ações que ajudam

Na vigência de uma crise epiléptica, acomode a pessoa, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa.

Medidas preventivas como dieta balanceada, prática regular de atividades físicas, dormir adequadamente, evitar estresse prolongado e evitar ingestão de bebidas alcoólicas são recomendáveis.

Fonte: Associação Brasileira de Epilepsia. Imagem: Getty Images.

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