Notícia

Engenharia pode ajudar a melhorar diagnóstico e tratamento do câncer de mama

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Fonte

Universidade Johns Hopkins

Data

quinta-feira, 7 novembro 2019 08:10

Áreas

Engenharia Biomédica. Biomecânica. Biomedicina. Biotecnologia.

O câncer de mama é mais letal quando se espalha – o que se chama de metástase. A taxa de sobrevivência de cinco anos para pacientes com câncer de mama confinada ao seio é de 99%, de acordo com a Sociedade Americana de Câncer, mas essa taxa cai para apenas 27% quando o câncer se espalha para uma parte distante do corpo.

A engenheira mecânica Dra. Soojung Claire Hur, da Escola de Engenharia da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, está trabalhando no desenvolvimento um dispositivo microfluídico que possa coletar e modificar geneticamente células tumorais a partir de amostras de sangue de pacientes com câncer de mama metastático. Essas células purificadas e modificadas permitirão aos cientistas monitorar a progressão do câncer do paciente em um laboratório e desenvolver e testar planos de tratamento personalizados. Esses modelos podem até eliminar a necessidade de alguns pacientes com câncer serem submetidos a biópsias ou cirurgias invasivas frequentes, ressalta a Dra. Claire Hur.

“Se tivermos uma maneira eficiente de cultivar células tumorais circulantes coletadas em laboratório, os pesquisadores poderão realizar inúmeras experiências biológicas e testes funcionais diretamente em células tumorais derivadas de pacientes”, afirmou a especialista. “Isso ajudará a identificar a opção terapêutica mais eficaz para os pacientes”.

A pesquisa e o câncer de mama

“Estamos desenvolvendo um projeto que visa ajudar individualmente pacientes que ainda não identificaram opções terapêuticas apropriadas para sua condição. Todos respondem diferentemente ao tratamento em estágios diferentes do câncer de mama; portanto, se o câncer se tornar metastático, os pacientes terão menos opções de tratamento disponíveis. Nosso objetivo é criar um dispositivo que avalie amostras individuais de câncer com mais facilidade e precisão, para que os oncologistas possam testar diferentes estratégias terapêuticas e encontrar a correta no momento certo quando o paciente precisar”, explica a Dra. Claire Hur

Dispositivo inovador

A especialista esclareceu como agirá a inovação:” [O dispositivo que estamos desenvolvendo] coleta células tumorais circulantes de uma pequena quantidade de sangue do paciente – geralmente cerca de 10 mililitros – e entrega genes para essas células purificadas para permitir que elas cresçam em um laboratório. Ele permite que os pesquisadores criem um modelo de tumor ex vivo – o que significa que ele usa a amostra do paciente, mas é cultivado fora do corpo – que replicará o que está acontecendo dentro do corpo do paciente. Os oncologistas podem testar diferentes opções de tratamento e identificar a melhor para esse paciente”,

Engenharia mecânica e as pesquisas sobre o câncer

“Bem, quando as pessoas me perguntam o que eu faço, geralmente digo que sou desenvolvedora de ferramentas. Eu acho que os engenheiros mecânicos são ótimos em criar ferramentas que ainda não existem. E muitos avanços médicos recentes envolvem o desenvolvimento de novas tecnologias. Sabíamos sobre o DNA sem a tecnologia moderna, por exemplo, mas sem essa tecnologia você não seria capaz de sequenciar o DNA da maneira que conseguimos agora. E agora estamos usando isso para diagnósticos avançados e outras terapias de DNA. Portanto, acredito que as ferramentas têm o poder de contribuir e promover o avanço da medicina”, conclui a pesquisadora.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Johns Hopkins (em inglês).

Fonte: Saralyn Cruickshank, Universidade Johns Hopkins. Imagem: Freepik.

 

 

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