Notícia
Eletrocardiógrafo miniaturizado e sem fios facilitará o diagnóstico remoto de pacientes
Tecnologia inovadora permite o monitoramento e diagnóstico remoto
Divulgação
Fonte
Fapesp
Data
quinta-feira, 30 março 2017 21:00
Áreas
Bioeletrônica. Engenharia Biomédica. Cardiologia. Telemedicina.
Até o fim do ano, a Ventrix Health Innovation deve concluir o desenvolvimento do primeiro eletrocardiógrafo sem fios, miniaturizado e de fácil manuseio, que poderá ser operado por leigos para a transmissão, através de qualquer celular, de informações detalhadas que permitem o monitoramento e o diagnóstico remoto de pacientes por uma central médica. O passo seguinte será solicitar o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para lançar o produto no mercado ainda em 2018.
O Eletrocardiógrafo Inteligente (iECG) foi desenvolvido com apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sâo Paulo (Fapesp).
A expectativa é que o uso do novo eletrocardiógrafo facilite o diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares, fator crítico para reduzir sua alta taxa de mortalidade. Essas enfermidades já são a principal causa de óbitos no Brasil e no mundo. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que a maior parte dessas mortes poderia ser evitada se os pacientes fossem tratados a tempo, já que os fármacos capazes de reverter quadros cardíacos agudos têm eficácia muito maior quando ministrados nas primeiras horas após o aparecimento dos sintomas. Quanto mais rápido forem desobstruídas as artérias, menor o dano causado ao músculo cardíaco pela falta de irrigação.
O novo eletrocardiógrafo tem como público-alvo inicial socorristas de ambulâncias, equipes que trabalham na entrada de prontos-socorros e cardiologistas interessados em monitorar pacientes por períodos prolongados ou até de forma permanente.
Com o novo aparelho uma equipe de resgate poderá transmitir o exame para uma Central Médica, onde cardiologistas farão a análise dos dados em tempo real para indicar, a distância, o tratamento adequado. Na entrada do PS, o iECG fará a identificação imediata das emergências cardíacas, garantindo sua prioridade no atendimento e evitando os não tão raros casos de mortes na sala de espera.
Já os cardiologistas poderão utilizá-lo tanto para diagnosticar doenças que requerem um monitoramento prolongado das funções cardíacas (como arritmias eventuais), como até para monitorar de forma permanente pacientes mais graves, com a opção de alarme e acionamento automático de socorro em caso de emergência. Isso poderia evitar, por exemplo, a morte de pessoas que sofrem um infarto sozinhas em casa ou uma parada cardíaca enquanto dormem. Em alguns casos, os dados de um eletrocardiograma possibilitam, inclusive, prever um infarto com até 48 horas de antecedência, permitindo intervenções rápidas capazes de evitá-lo.
Segundo Roberto Castro Júnior, doutor em engenharia biomédica, sócio-fundador da empresa e responsável pela pesquisa que desenvolveu o iECG, embora já existam eletrocardiógrafos que o paciente pode “vestir” para o monitoramento remoto, eliminar os cabos e miniaturizar os eletrodos era um desafio tecnológico para simplificar e ampliar o seu uso. Afinal, num resgate de emergência, é complicado colar ao paciente vários eletrodos presos por fios, que também podem ser desconfortáveis para uso diário.
No caso do iECG, basta destacar um papel e colar na pele um monitor autoadesivo, que cabe na palma da mão e tem menos de 1 centímetro de espessura. De acordo com a necessidade, o sistema pode ser programado para gravação contínua dos dados, para gravar quando o paciente tiver algum sintoma ou quando o próprio sistema identificar qualquer anormalidade. Nesses dois últimos casos, são recuperados e armazenados os dados dos momentos anteriores e posteriores à ocorrência.
“Existem várias pesquisas nessa direção em todo o mundo, mas tudo indica que nosso aparelho será dos primeiros a chegar ao mercado”, explica o Dr. Roberto Castro.
Outro diferencial do equipamento é transmitir não só as imagens do eletrocardiograma, mas as informações brutas completas e detalhadas, o que possibilita que a Central Médica de Telediagnóstico faça uma análise muito mais criteriosa, conforme sublinha Castro.
Essa transmissão detalhada, segundo ele, foi possível porque a Ventrix, com mais de uma década de experiência na área, produz não só os equipamentos, mas também todo o sistema de software envolvido.
Acesse a reportagem completa na Fapesp – Pesquisa para Inovação.
Fonte: Fapesp. Imagem: Divulgação
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