Notícia

Dormir pouco aumenta o risco de câncer de mama

Pesquisa de doutoranda da Unesp de Rio Preto mostra a influência da melatonina

Shutterstock

Fonte

Unesp

Data

sexta-feira, 30 setembro 2016 18:35

Áreas

Medicina. Oncologia. Bioquímica.

Estudo realizado pela doutoranda Juliana Ramos Lopes, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Campus de São José do Rio Preto, diz que a melatonina, hormônio produzido no cérebro humano, inibe o crescimento de tumores de câncer de mama. Com a orientação da Profa. Dra. Debora Zuccari, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), em parceria com pesquisadores da Michigan State University (MSU), os resultados da pesquisa foram publicados na edição de maio da revista científica Genes & Cancer.

O cérebro produz melatonina durante a noite, e este hormônio tem como principal função, no corpo humano, regular os ciclos do sono. Alguns pesquisadores têm especulado que a falta de melatonina, em parte devido à sociedade moderna ser privada de sono, coloca as mulheres em maior risco de desenvolvimento do câncer de mama.

O estudo 

Segundo Juliana, para o estudo, células de câncer de mama humano foram submetidas ao cultivo tridimensional de mamosferas, representando as células-tronco tumorais. “As ‘células-tronco tumorais’ vêm sendo estudadas em tumores humanos nos últimos anos, e são consideradas as responsáveis pela recorrência do tumor e resistência a terapias.”, afirmou a doutoranda.

Após o crescimento das células-tronco tumorais, os pesquisadores trataram estas células com substâncias químicas conhecidas por induzir o crescimento do tumor, como o composto químico Bisfenol A, muito utilizado na produção comercial de embalagens plásticas, e o hormônio natural estrógeno. Após a indução com estas substâncias químicas, as células foram tratadas com melatonina. Ao final, foi avaliado o efeito da melatonina, estrógeno e Bisfenol A sobre o crescimento celular. “A partir dos resultados obtidos, os pesquisadores observaram que o aumento no crescimento celular induzido pelo Bisfenol A ou estrógeno foi reduzido pelo tratamento com melatonina, demonstrando seu potencial uso terapêutico no câncer de mama”, destacou Juliana.

A utilização da melatonina em futuros tratamentos do câncer de mama com base nestas descobertas ainda está distante, no entanto, os resultados fornecem aos cientistas base fundamental para futuras pesquisas. Juliana contou que a equipe de pesquisadores já está pensando no próximo passo. “O próximo passo da pesquisa é aplicar a melatonina como um tratamento adjuvante para as mulheres com câncer de mama”, disse a pesquisadora.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp, Imagem: Shutterstock.

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