Notícia
Doenças maternas infecciosas e amamentação
Interrupção do aleitamento é raramente recomendada
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O aleitamento materno promove benefícios para a mulher, a criança, a família e para o próprio ambiente; desta forma, é recomendado até os 2 anos de idade ou mais, e de forma exclusiva até o 6º mês de vida da criança. O aleitamento é considerado a forma mais completa de nutrição dos lactentes, incluindo os recém-nascidos pré-termo. O leite humano protege contra infecções do trato gastrointestinal, como por exemplo a diarreia.
Uma das questões que podem determinar o desmame precoce é a dúvida inerente à amamentação em mulheres que apresentam doenças infecciosas. A maioria das doenças infecciosas bacterianas maternas não contraindica o aleitamento materno.
Entretanto, em infecções graves e invasivas, tais como meningite, osteomielite, artrite séptica, septicemia ou bacteremia causadas por alguns organismos como Brucella, Streptococcus do Grupo B, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenza Tipo B, Streptococcus pneumoniae ou Neisseria miningitidis, a interrupção temporária da amamentação se faz necessária por um período que varia de 24 a 96 horas após o início da terapia antimicrobiana e alguma evidência de melhora clínica.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) através do Departamento Científico de Aleitamento Materno divulgou em seu portal um Guia Prático de Atualização sobre doenças maternas infecciosas e amamentação. Dentre as infecções abordadas, destacam-se as doenças bacterianas (tuberculose, hanseníase, doença diarreica, sífilis, leptospirose e coqueluche, entre outras); doenças parasitárias (toxoplasmose, doença de Chagas); doenças virais (hepatite, citomegalovirose, varicela, herpes,Influenza H1N1; febre amarela e AIDS) e doenças fúngicas (candidíase).
Aspectos práticos o modo de transmissão; a conduta quanto à amamentação; o uso do leite materno ordenhado cru e as observações recomendadas na relação da mãe com o lactente são explicitados no documento. Os especialistas alertam que a suspensão do aleitamento materno é indicado numa minoria dos casos, na qual ocorre a transmissão vertical (mãe passa para o bebê) dos germes como nos casos do HIV. O uso de vacinas, imunoglobulinas séricas e medicação antimicrobiana profilática podem proteger as crianças contra a transmissão vertical.
Acesse o Guia Prático de Atualização: Doenças maternas infecciosas e amamentação, publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Imagem: Shutterstock.
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