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Doença de Crohn: saiba o que é e como controlar
Associação esclarece dúvidas sobre doença gastrointestinal
Divulgação
A Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD) disponibiliza informações referentes às doenças inflamatórias intestinais (DII), como a doença de Crohn. Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas são portadoras de DII nos Estados Unidos da América. No Brasil, não se sabe a incidência das DII.
A Doença de Crohn é uma doença inflamatória do trato gastrointestinal, que acomete predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. Ela é chamada doença de Crohn, porque Burril B. Crohn foi o primeiro autor de um artigo científico publicado em 1932 que descreveu a doença e é considerado um marco. Para reduzir a confusão, o termo doença de Crohn pode ser usado para identificar a doença, qualquer que seja a região do corpo afetada (íleo, cólon, reto, ânus, estômago, duodeno ou outras partes).
A doença de Crohn habitualmente causa diarréia, cólica abdominal (geralmente após as refeições), frequentemente febre e, às vezes, sangramento retal. Também pode ocorrer perda de apetite e perda de peso subsequente associada a dores articulares.. Os sintomas podem variar de leve a grave, mas em geral, os portadores da doença de Crohn podem ter uma vida ativa e produtiva. Também podem ocorrer lesões na região anal como hemorróidas, fissuras, fístulas e abcessos.
A doença de Crohn é crônica e a sua causa é desconhecida. Os medicamentos disponíveis atualmente reduzem a inflamação e habitualmente controlam os sintomas, mas não curam a doença. Como a doença de Crohn se comporta como a colite ulcerativa (é dificil diferenciar uma da outra), as duas são agrupadas na mesma categoria de DII. Diferentemente da doença de Crohn, em que todas as camadas estão envolvidas e na qual pode haver segmentos de intestino saudável normal entre os segmentos do intestino doente, a colite ulcerativa afeta apenas a camada mais superficial (mucosa) do cólon de modo contínuo. Dependendo da região afetada, a doença de Crohn pode ser chamada de ileite, enterite regional ou colite.
Fonte: ABCD (Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn)
O diagnóstico pode ser realizado através de radiografias com bário (da parte alta – trânsito intestinal ou da parte baixa – enema opaco) ou retossigmoidoscopia e colonoscopia.
Os medicamentos mais utilizados são a sulfassalazina, a mesalazina e os corticoides. Todos reduzem a inflamação. A sulfassalazina é usada para tratar sintomas leves e moderados de ambas as enfermidades e para tentar impedir a recidiva, uma vez que se tenha obtido a remissão (diminuição da intensidade). Os corticoides são administrados quando os sintomas são mais severos; sua dose é diminuída lentamente até ser descontinuado quando da melhora dos sintomas. A cirurgia pode ser necessária na Doença de Crohn quando o tratamento clínico é ineficiente no controle dos sintomas ou quando há uma complicação tal como obstrução intestinal. A cirurgia pode permitir ao paciente permanecer livre de sintomas, mas não objetiva a cura da enfermidade, já que a recidiva é muito frequente no próprio local ou nas proximidades de onde ela foi realizada (anastomose).
Fonte: ABCD (Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn)
Novos Medicamentos
Medicamentos biológicos que atuam contra o fator de necrose tumoral (TNF-α) como o infliximabe, têm possibilitado uma redução dos sintomas, porém apresentam custo elevado. Biossimilares que possuem ação semelhante às drogas biológicas podem ser utilizados como alternativa, devido ao custo mais baixo, conforme ressaltou o Prof. Dr. Paulo Gustavo Kotze, do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), na última edição da revista ABCD em Foco.
Fonte: ABCD. Imagem: Divulgação
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