Notícia

Doença Arterial Obstrutiva Periférica: fatores de risco e sintomas

Maioria dos casos melhora com mudança de hábitos

Universidade de Connecticut

Fonte

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional SP

Data

sábado, 29 julho 2017 15:10

Áreas

Medicina. Cirurgia Vascular. Saúde Pública.

A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) é uma situação que ocorre em virtude do estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais, responsáveis por levar o sangue para nutrir as extremidades como braços e pernas, sendo mais comum o acometimento nos membros inferiores do que nos superiores.

A doença apresenta uma prevalência entre 10 e 25% na população acima de 55 anos e aumenta com a idade. Cerca de 70 a 80% dos portadores de DAOP são assintomáticos e não apresentam qualquer queixa ligada à doença de base. Este fato pode retardar ou dificultar o diagnóstico precoce, um ponto fundamental para o início do tratamento o mais breve possível, tratamento este que melhora as chances de uma evolução favorável da doença.

A DAOP é mais frequente entre os homens, mas também pode acometer as mulheres. A causa mais comum da DAOP é a aterosclerose, fenômeno em que ocorre o acúmulo de placas de ateroma (gordura, proteínas, cálcio e células da inflamação) na parede dos vasos sanguíneos e que causam os estreitamentos e obstruções, levando à dificuldade da progressão do sangue, oxigênio e nutrientes para os tecidos dos membros  como músculos, nervos, ossos e pele.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para a DAOP são: colesterol elevado, diabetes, doença cardíaca (doença arterial coronária), hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença renal que envolve hemodiálise, tabagismo, derrame (doença cerebrovascular), histórico familiar, sedentarismo, obesidade e idade avançada.

Sintomas e diagnóstico

O principal sintoma é a dificuldade para caminhar manifestando dor no pé e panturrilha,  eventualmente na coxa e glúteo (nádega) do membro acometido, e que cessa depois de alguns minutos de repouso (este sintoma é chamado de claudicação intermitente). Nos casos mais avançados pode ocorrer impotência sexual (disfunção erétil), dor nas pernas mesmo quando em repouso, redução da temperatura das pernas, formigamentos e eventualmente aparecimento de feridas ou gangrena nos pés pela condição de extrema falta de circulação. Os exames de imagem como Ultrassom Doppler, angiografia, angiotomografia e angioressonância ajudam a estabelecer o diagnóstico.

Tratamento

A maioria dos casos é tratada com orientações quanto à atividade física e mudança de hábitos de vida como: cessação do tabagismo, mudança de hábitos alimentares, controle adequado da pressão arterial, controle dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides e, quando presente, controle do diabetes. Na maioria dos casos diagnosticados de pacientes com uma DAOP, os sintomas das pernas permanecem estáveis ou melhoram. Cerca de 15% a 20% dos doentes podem piorar e necessitarem de medidas de tratamento mais invasivas como as intervenções cirúrgicas. Dentre estas destacam-se o cateterismo (angioplastias com ou sem stents), a revascularização cirúrgica, a endarterectomia e a terapia gênica.

Fonte: Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional São Paulo. Imagem: Universidade de Connecticut.

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