Notícia
Dispositivo robótico cirúrgico: do laboratório para a sala de cirurgia
Professor e estudantes da Universidade Vanderbilt fundaram uma start-up
O caminho de um produto desde o laboratório de uma universidade até a comercialização é especialmente complexo na indústria de biotecnologia. Os desafios variam desde longos prazos, às vezes medidos em décadas, até os custos de transformar idéias em inovações, bem como questões de propriedade intelectual, patenteamento e licenciamento.
No entanto, o Dr. Nabil Simaan, professor de engenharia mecânica na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, especializado em projetar robôs para ajudar cirurgiões a realizar operações em áreas do corpo pouco acessíveis, é persistente em seus projetos. Ele tem anos de experiência trabalhando em colaboração com indústrias enquanto desenvolve inúmeras patentes – três só em 2017.
O Laboratório de Aplicações Avançadas de Robótica e Mecanismos da Universidade Vanderbilt, comandado pelo Dr. Nabil Simaan, lidera o avanço de várias tecnologias robóticas para uso médico, incluindo robôs em miniatura para incisão única, implante coclear e cirurgias minimamente invasivas na garganta .
“Um dos principais focos da pesquisa é o design de dispositivos robóticos inteligentes que podem detectar e regular sua interação com a anatomia”, explica o Dr. Simaan. “Esses robôs podem ajudar um cirurgião na remoção de tecidos com segurança”.
O Dr. Simaan é co-inventor da Plataforma de Efeito Robotizável Inserível (IREP, do inglês Insertable Robotic Effector Platform). O IREP – um portfólio de múltiplas patentes – é considerado o menor sistema robótico do mundo e foi premiado como um avanço na ciência médica em 2013. Ele é licenciado para a Titan Medical e levou ao desenvolvimento do sistema Titan SPORT para via de acesso única.
A ferramenta cirúrgica robótica minúscula entra no corpo através de uma incisão notavelmente pequena – cerca de 15 milímetros. Uma vez dentro do corpo, ele se desdobra para revelar um sistema de câmera para visualização em 3D e retorno de imagens, além de dois braços robóticos que realizam a cirurgia.
O IREP passou por vários estágios de desenvolvimento. Primeiro, o cientista da computação da Universidade de Columbia, Peter Allen, inventou uma câmera inserível que inclinava e acompanhava os movimentos dos instrumentos cirúrgicos dentro do abdômen e projetava sua visão na tela do computador. O cirurgião Dennis Fowler, da Universidade de Columbia, realizou várias apendicectomias, nefroscopias e outras operações em modelos suínos usando a tecnologia.
Na Universidade Vanderbilt, o Dr. Simaan equipou a IREP com dois braços robóticos construídos a partir de uma série de feixes flexíveis para empurrar-puxar que podem dobrar e torcer os braços nas direções requeridas. O Dr. Simaan também desenvolveu pulsos e garras para a IREP manipular objetos.
“Normalmente, como um laboratório de pesquisa, tentamos estar pelo menos 10 anos à frente da indústria para ajudar a introduzir novas abordagens para a cirurgia através de novas tecnologias”, ressalta o pesquisador. “Mas os pesquisadores da universidade e da indústria estão se atualizando.”
Ultimamente, o Dr. Simaan e sua equipe desenvolveram uma plataforma robótica transuretral chamada TURBot. É o primeiro sistema robótico endoscópico a fornecer cobertura cirúrgica completa com visibilidade da bexiga e a primeira a ter sido avaliada durante experimentos em animais in vivo. O Dr. Simaan e dois ex-alunos co-fundaram uma startup para desenvolver essas tecnologias para a ressecção transuretral de tumores da bexiga assistida por robô.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Vanderbilt (em inglês).
Fonte: Brenda Ellis, Universidade Vanderbilt. Imagem: Divulgação.
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