Notícia
Diagnóstico intestinal: nova tecnologia usa sinais bioelétricos
Análise de sinais de eletrodos pode tornar mais rápido e descomplicado o diagnóstico de alterações no trato gastrointestinal
Divulgação
Fonte
Universidade de Auckland
Data
domingo, 4 junho 2017 12:00
Áreas
Gastroenterologia. Bioeletrônica. Engenharia Biomédica.
Uma nova tecnologia desenvolvida por cientistas da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, poderá, em breve, permitir um diagnóstico mais rápido das condições gastrointestinais, muitas vezes de difícil detecção.
Em vez de solicitar que os pacientes cortem certos alimentos, ou confiem em testes químicos ou mesmo que seja usada uma sonda física para examinar o trato digestivo, o Dr. Peng Du e sua equipe de pesquisa no Instituto de Bioengenharia da universidade estão usando tecnologia de eletrodos para mapear o que está errado no intestino através da atividade bioelétrica.
O Dr Peng Du, que desenvolveu a tecnologia através da empresa spin-out FlexiMap, disse que oito “adesivos” de polímeros com eletrodos e um circuito são colocados na superfície interna do estômago para medir sua atividade bioelétrica. À medida que ocorre a digestão do alimento, o processo é regulado pela atividade bioelétrica. As discrepâncias nesta atividade – que são acessadas pela tecnologia FlexiMap – podem indicar um problema no processo digestivo.
“Basicamente, é a diferença entre alguém que continua fazendo diagnóstico ou tratamento com base em sintomas ou alguém que faz esses diagnósticos com base em números quantificáveis”, disse Du sobre a tecnologia de mapeamento bioelétrico. Atualmente, se você tem dores intestinais e você vai ao médico, ele pode sugerir que você altere sua dieta e volte em uma semana. Se você voltar em uma semana, e nada tiver mudado, então você pode ter que fazer outro exame, o que pode levar mais algumas semanas.
“É um processo de eliminação de possibilidades diagnósticas com estes exames atuais. Já o mapeamento bioelétrico pode dizer muito sobre como seu corpo ou como seu intestino está funcionando“.
Até agora, a tecnologia – que contém 32 canais de gravação que transmitem leituras de atividade bioquímica gastrointestinal para um computador, semelhante a como um eletrocardiograma mede a função cardíaca – passou por um ensaio clínico.
O grupo de controle de pacientes saudáveis foi testado na Nova Zelândia, enquanto pacientes doentes passaram por testes nos Estados Unidos.
Como a forma atual do eletrodo deve ser aplicada diretamente na superfície do estômago, para se qualificar para o estudo clínico, os participantes deviam ser submetidos a um procedimento cirúrgico.
Com os resultados obtidos, a partir de agora a equipe de pesquisa está focada no aprimoramento da tecnologia para que o mapeamento funcione com os eletrodos colocados na pele do paciente.
“Até o momento, obtivemos dados diretamente do estômago, o que permite o melhor sinal. Estamos tentando desenvolver a próxima geração de eletrodos para que possamos apenas colocá-los na superfície do corpo de um paciente para que a tecnologia possa ser usada em consultório“.
Fonte: Universidade de Auckland Austrália. Imagem: Arte mostrando a disposição dos impulsos bioelétricos: Divulgação.
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