Notícia

Diagnóstico da Sífilis: em gestantes e na forma congênita

Ministério da Saúde esclarece sobre o diagnóstico na gravidez

Fonte

Ministério da Saúde

Data

terça-feira, 15 novembro 2016 17:10

Áreas

Infectologia. Saúde Pública.

Atualmente, o Brasil sofre um aumento considerável dos casos de sifilis em suas diferentes formas, segundo números levantados pelo Ministério da Saúde. Entre 2010 e 2016 foram identificados 230 mil novos casos, sendo que 62,1% do total foram registrados na região Sudeste. Em 2015, foram notificados 19.228 casos da doença em bebês, uma taxa de incidência de 6,5 por 1.000 nascidos vivos. De 1998 a junho de 2016, foram notificados 142.961 casos em menores de um ano.  Entre 2014 e 2015 a enfermidade teve aumento de 20,9% nas gestantes e de 19% nos casos congênitos (bebês que já nascem infectados). As maiores proporções de casos de sífilis congênita costumam ocorrendo em crianças cujas mães têm entre 20 e 29 anos de idade (50,2%) e os Estados com maior número de notificações são Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Sergipe, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Infecção pode ser grave

 A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico, causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum) e exclusiva do ser humano e que, quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo. É transmitida predominantemente por via sexual e vertical (da mãe para o feto). O termo “congênita” é utilizado para designar uma doença adquirida pelo feto no útero da mãe. Nesse caso, a bactéria da sífilis ultrapassa a barreira placentária, infeccionando o feto, sendo responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade do feto, podendo chegar a 40% a taxa de abortamento, parto prematuro, óbito fetal e morte neonatal. A forma congênita pode ser precoce, manifestando-se durante os dois primeiros anos de vida, ou tardia, com manifestação clínica após os dois anos de idade.

Diagnóstico

Para o diagnóstico, toda gestante deve ser testada duas vezes para sífilis durante o pré-natal. Uma no primeiro trimestre de gravidez e a segunda no terceiro trimestre. O parceiro sexual também deve ser testado. Além disso é obrigatória, ainda, a realização de um teste, trepônemico ou não treponêmico, imediatamente após a internação para o parto na maternidade, ou em caso de abortamento. Para o diagnóstico de sífilis em gestante, podem ser utilizados os testes treponêmicos rápidos ou os testes treponêmicos convencionais (Elisa, FTA-Abs, TPHA, entre outros) e os não treponêmicos (VDRL, RPR, TRUST, entre outros).

Um pré-natal adequado pode proporcionar um diagnóstico precoce para minimizar ou impedir as manifestações da doença na criança. Por isso, a gestante deve fazer o teste logo no início dos exames de rotina ao obstetra ou nas visitas aos postos de saúde, pois a maioria dos testes são simples e disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O primeiro passo para evitar que a sífilis seja transmitida ao bebê é fazer o diagnóstico precoce por meio de um teste no pré-natal. A triagem faz parte do acompanhamento e deve ser realizada, idealmente, no primeiro trimestre e repetida no início do terceiro trimestre.

Tratamento

O tratamento da sífilis é realizado através da penicilina benzatina, um antibiótico por via injetável, é a opção mais segura e eficaz para a gestante com a doença, visando à prevenção da sífilis congênita. O parceiro da mulher infectada também deve ser tratado, para evitar a reinfecção.

Acesse o Manual Técnico para o Diagnóstico da Sífilis, do Ministério da Saúde.

Assista ao vídeo da Campanha da Sífilis 2016:

Fonte: Ministério da Saúde. Imagem: Divulgação.

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