Notícia

Diabetes: pesquisadores alertam para o perigo de desprezar os sinais e para a importância do diagnóstico precoce

Artem Podrez via Pexels

Fonte

Universidade de Adelaide

Data

quarta-feira, 6 abril 2022 16:10

Áreas

Biomedicina. Endocrinologia. Enfermagem. Medicina. Metabolismo.

Pessoas com sobrepeso ou obesidade e com 40 anos ou mais; com histórico de pré-diabetes, ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral; aqueles que tomam medicamentos antipsicóticos e mulheres que tiveram diabetes gestacional ou síndrome dos ovários policísticos correm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, pois essas condições podem ter efeitos significativos nos níveis de glicose no sangue.

Globalmente, estima-se que uma em cada duas pessoas que vivem com diabetes desconhece a condição, que pode ser comparado a uma ‘bomba-relógio’ de saúde que pode levar a outros tipos de complicações.

Considerando que a detecção precoce é crucial para prevenir complicações, pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, investigaram mais de 1,5 milhão de pacientes adultos atendidos em 544 consultórios em toda a Austrália para identificar se eles tinham sido testados para o diabetes. De acordo com o professor Dr. David Gonzalez, coordenador do estudo, a Austrália experimentou um aumento alarmante na proporção de pessoas com diabetes nas últimas décadas.

“Há um grupo de pessoas com a doença que ainda não foram diagnosticadas, então precisamos explorar se as pessoas estão sendo testadas ao visitar seu médico”, destacou o pesquisador.

O estudo, publicado na revista científica Journal of Diabetes Research, descobriu que oito em cada 100 pacientes saíram com diagnóstico de diabetes (tipo 1 ou tipo 2).

Enquanto isso, descobriu-se que um em cada 100 pacientes tinha pré-diabetes (em que os níveis de glicose no sangue são mais altos que o normal, mas não altos o suficiente para diagnosticar o próprio diabetes).

Apenas metade dos pacientes com alto risco de diabetes foram rastreados entre 2016 e 2018. Entre aqueles com pré-diabetes, aproximadamente um terço provavelmente desenvolveria diabetes a menos que fossem adotadas medidas de controle apropriadas e, crucialmente, fossem implementadas mudanças sustentadas no estilo de vida. “Surpreendentemente, menos de um terço das pessoas que usam medicamentos antipsicóticos foram rastreados, embora seja recomendado que sejam testados todos os anos”, advertiu o professor Gonzalez.

O estudo também descobriu que homens de meia-idade (com idades entre 40 e 69 anos) estiveram menos propensos a serem testados – possivelmente porque tendiam a fazer menos visitas aos seus médicos.

Os pesquisadores concluíram que mais pessoas com diabetes seriam diagnosticadas se aquelas com alto risco fossem rastreadas regularmente.

“Se você tem 40 anos ou mais, com sobrepeso ou obesidade, tem histórico de pré-diabetes, ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, toma medicamentos antipsicóticos, teve diabetes gestacional ou síndrome dos ovários policísticos, converse com seu médico hoje sobre fazer exame da glicemia”, disse o professor David Gonzalez. “(E) se você tem diabetes, é muito importante discutir um plano de tratamento com seu médico para diminuir a chance de complicações sérias no futuro”, concluiu o pesquisador.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).

Fonte: Stan Denham, Universidade de Adelaide. Imagem: Artem Podrez via Pexels.

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