Notícia
Detecção precoce do diabetes
Pesquisadores da Universidade de Stanford desenvolvem microchip com nanotecnologia
Getty Images
Fonte
Stanford University School of Medicine
Data
terça-feira, 15 julho 2014 07:45
Áreas
Doenças Metabólicas. Diabetes Mellitus. Nanotecnologia.
O Diabetes Mellitus, doença que se manifesta por alterações da glicemia (concentração de glicose no sangue), principalmente com valores elevados de glicemia (hiperglicemia), tem uma prevalência mundial prevista pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de 366 milhões de pessoas afetadas até 2030. Tipicamente, o diabetes se apresenta em duas formas principais: o Diabetes tipo 1 (DT1), doença autoimune em que as células pancreáticas produtoras de insulina (células beta das ilhotas de Langerhans) são destruídas pelos próprios anticorpos do indivíduo, e o Diabetes tipo 2 (DT2), doença metabólica caracterizada pela resistência à ação da insulina, deficiência na produção do hormônio ou pelas duas ocorrências.
Apesar de ainda não completamente compreendido, o mecanismo (ou mecanismos) pelo qual as células beta das ilhotas de Langerhans são destruídas costuma se manifestar nos primeiros anos de vida. Mesmo com a ocorrência do DT1 preferencialmente no público pediátrico, cerca de ¼ dos pacientes diagnosticados com a doença já são adultos. Por outro lado, aumentam os casos de crianças diagnosticadas com DT2 (classicamente uma doença de adultos) principalmente devido à obesidade. Assim, um problema que vem sendo enfrentado na prática clínica é o diagnóstico da doença, seja do tipo 1 ou do tipo 2, em um estágio o mais precoce possível, a fim de que o tratamento possa ser mais eficaz e o controle da glicemia ocorra de uma maneira adequada, mitigando a evolução da doença e reduzindo seus efeitos.
Atuando há vários anos nesta linha de pesquisa, pesquisadores do Departamento de Química e do Departamento de Pediatria da Universidade de Stanford (Califórnia, EUA), liderados pelo Prof. Brian Feldman (M.D., Ph.D.) desenvolveram um microchip para a detecção precoce do Diabetes tipo 1. O estudo foi publicado ontem, 13 de julho, na revista Nature Medicine: “A plasmonic chip for biomarker discovery and diagnosis of type 1 diabetes”.
O microchip proposto usa uma quantidade menor de sangue que os testes já existentes, deve ter baixo custo e pode realizar até 15 testes. A detecção dos anticorpos específicos do DT1 é feita através de um método de fluorescência no infravermelho próximo: placas de vidro, que formam a base de cada microchip, são revestidas com nanopartículas de ouro, que intensificam o sinal da fluorescência, aumentando a confiabilidade da detecção. Foram realizados testes clínicos com o microchip com amostras de sangue de pessoas recém-diagnosticadas com DT1 e com pessoas sem diabetes. Com os resultados apresentados, os pesquisadores demonstraram a sensibilidade e a especificidade no diagnóstico do Diabetes tipo 1.
Foto: Prof. Brian Feldman é um dos inventores do teste baseado em microchip para detecção de Diabetes Mellitus Tipo 1. (Crédito da Imagem: Norbert von der Groeben, Portal University of Stanford, School of Medicine)
Fonte: Tech4Health e Erin Digitale, Stanford University School of Medicine
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