Notícia

Desenvolvimento cerebral no adolescente e o transtorno bipolar

Fonte

Universidade Yale

Data

terça-feira, 2 junho 2015 06:50

Áreas

Psiquiatria. Imagens Médicas.

Em adolescentes com transtorno bipolar, as principais áreas do cérebro que ajudam a regular as emoções se desenvolvem de forma diferente, aponta um novo estudo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Yale, nos EUA.

Em áreas do cérebro que regulam emoções, adolescentes com transtorno bipolar perdem volumes maiores do que o esperado da massa cinzenta, ou neurônios, e não apresentam aumento das conexões da massa branca, que é a responsável pela transmissão das informações que serão processadas pela massa cinzenta. Estes resultados foram publicados no último dia 29 de maio na revista científica Biological Psychiatry.

As diferenças foram observadas no córtex pré-frontal e ínsula cerebral nas imagens de ressonância magnética – repetidas ao longo de um período de dois anos – de 37 adolescentes com transtorno bipolar, quando comparado com os exames de 35 adolescentes sem o transtorno.

“Na adolescência, o cérebro ainda tem muita plasticidade e a esperança é que um dia possamos desenvolver intervenções para prevenir o desenvolvimento do transtorno bipolar“, disse a autora principal do trabalho, Profa. Dra. Hilary Blumberg, professora de psiquiatria e radiologia diagnóstica no Centro para Estudos da Criança de Yale.

O transtorno bipolar muitas vezes aparece pela primeira vez na adolescência e é marcado por mudanças importantes nos níveis de humor, energia e atividade. Pessoas com transtorno bipolar podem ter problemas no controle de impulsos, que pode causar consequências importantes na qualidade da vida social.

Enquanto os adolescentes tendem a perder massa cinzenta no desenvolvimento normal, o estudo mostrou que adolescentes com transtorno bipolar perdem uma quantidade ainda maior. Enquanto isso, o estudo demonstrou que menos conexões na massa encefálica branca são formadas. Essas mudanças sugerem que os circuitos do cérebro que regulam emoções desenvolvem-se de forma diferente em adolescentes com transtorno bipolar.

Fonte: Bill Hathaway, Escola de Medicina, Universidade Yale.

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