Notícia

Descoberta proteína-chave na disseminação do parasita da Malária

IAMAT.org

Fonte

Universidade Técnica da Renânia do Norte-Vestfália em Aachen

Data

sexta-feira, 14 setembro 2018 13:10

Áreas

Medicina. Parasitologia. Biologia. Biotecnologia.

Em colaboração com seus parceiros internacionais, a Dra. Gabriele Pradel, professora da Universidade Técnica da Renânia do Norte-Vestfália (RWTH) em Aachen, na Alemanha, conseguiu comprovar a existência de uma proteína que assume um papel fundamental na disseminação do parasita Plasmodium falciparum.

A malária causa aproximadamente 400.000 mortes todos os anos e é considerada uma das doenças infecciosas mais perigosas, juntamente com a AIDS e a tuberculose. Os responsáveis ​​pela transmissão da doença são parasitas unicelulares de espécies do Plasmodium, e a doença é transmitida aos seres humanos através da picada de mosquitos. O vírus sofre uma rápida multiplicação assexuada durante o curso de vários ciclos de vida, o que causa os ataques de febre alta da infecção por malária tipicamente experimentada pelos hospedeiros humanos. Depois de vários ciclos de reprodução, o parasita começa a desenvolver formas sexuais no sangue do hospedeiro infectado, chamadas gametócitos, que permanecem nos glóbulos vermelhos até serem levadas para o intestino médio de mosquitos fêmeas durante uma picada. Isso inicia o próximo ciclo sexual de crescimento e multiplicação do parasita. Dentro de um intervalo de tempo de apenas 20 horas, os agentes patogênicos devem deixar suas células hospedeiras, completar o processo de fertilização e romper o epitélio intestinal, a fim de escapar do meio intestinal hostil do mosquito.

Esta fase reprodutiva particular do parasita dentro do intestino do mosquito representa uma oportunidade ideal para montar estratégias de intervenção e, assim, manter sob controle o vírus da malária. Ao longo de vários anos de pesquisa, o estudo conseguiu identificar e caracterizar uma proteína que assume uma função-chave: a 7-Helix-1, que é produzida especificamente em gametócitos femininos. Como os pesquisadores conseguiram mostrar, a proteína 7-Helix-1 é um novo tipo de regulador que controla a síntese de proteínas do parasita. Este processo aumenta acentuadamente durante a fertilização, durante a qual o parasita se prepara para o novo meio dentro do intestino médio do mosquito. Diversos métodos permitiram aos pesquisadores identificar vários “parceiros” da 7-Helix-1 que já foram reconhecidos na síntese da proteína. Os mutantes produzidos, que não conseguiram mais criar a 7-Helix-1, também não conseguiram atender à maior demanda pela proteína. Os pesquisadores conseguiram mostrar que esses mutantes são caracterizados pela expressão gênica alterada que causa a síntese anormal da proteína e, portanto, prejudica o desenvolvimento do parasita.

Se a função da proteína  7-Helix-1 no Plasmodium falciparum puder ser inibida com sucesso e o ciclo sexual de crescimento do parasita puder ser evitado, a propagação da malária pode ser controlada e o número de mortes pode ser reduzido.

Os resultados deste estudo foram recentemente publicados na revista científica PLoS Pathogens.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade RWTH em Aachen.

Fonte: Universidade RWTH Aachen. Imagem: IAMAT.org.

 

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