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Descoberta disfunção celular imunológica ligada à fotossensibilidade

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Fonte

Hospital for Special Surgery

Data

sexta-feira, 17 agosto 2018 14:45

Áreas

Medicina. Dermatologia.

Pesquisadores do Hospital for Special Surgery (HSS), nos Estados Unidos, descobriram que um tipo de célula imune conhecida como Langerhans parece desempenhar um papel importante na fotossensibilidade, uma reação do sistema imunológico à luz solar que pode desencadear erupções cutâneas graves.

O estudo, um esforço colaborativo entre cientistas do HSS e outras instituições em todo o país, foi publicado na revista científica Science Translational Medicine no último dia 15 de agosto. A fotossensibilidade, quando a exposição ambiental aos raios ultravioleta do sol pode resultar em modificações na pele e erupção cutânea escamosa , afeta entre 30% e 60% das pessoas com lúpus. Também pode ocorrer em indivíduos com outras doenças autoimunes ou condições dermatológicas. As lesões cutâneas podem ser desfigurantes, contribuindo para sentimentos de baixa autoestima e depressão. Em pacientes com lúpus, a fotossensibilidade também está associada a surtos de doenças sistêmicas.

“A fotossensibilidade ainda não é completamente compreendida, e nós lançamos o estudo para obter uma visão sobre a causa subjacente”, explicou a Dra. Theresa Lu, pesquisadora principal e cientista associada ao Programa de Autoimunidade e Inflamação no HSS. “O tratamento atual consiste principalmente em evitar o sol e usar protetor solar para prevenir a erupção cutânea. Uma melhor compreensão dos mecanismos celulares envolvidos na fotossensibilidade pode levar a um melhor tratamento”.

A Dra. Theresa Lu e  colegas concentraram-se nas células de Langerhans, células imunes que ficam na epiderme, a camada superior da pele, supondo que essas células poderiam ter uma função protetora. As células na camada superior da pele, conhecidas como queratinócitos, dependem das citocinas da família dos fatores de crescimento epidérmicos (EGF) para se manterem saudáveis. Quando as células de Langerhans estão funcionando bem, elas expressam uma molécula chamada ADAM17 que é ativada quando exposta à luz UV. A ADAM17 é responsável pela ativação de citocinas na família EGF.

“Nosso estudo de laboratório descobriu que as células de Langerhans desempenharam um papel importante na proteção da lesão da pele induzida pela luz UV. Nos modelos de lúpus, as células de Langerhans expressam menos moléculas de ADAM17, sendo menos eficazes na ativação das citocinas da família EGF. Em outras palavras, a via celular não está funcionando como deveria “, explicou a pesquisadora.

A Dra. Theresa Lu observa que o estudo descobriu uma nova função importante para as células de Langerhans. “Nós sabíamos que elas eram células do sistema imunológico que protegem contra a infecção, então este é um novo papel para elas em termos de proteger a saúde da pele exposta à luz UV”, explicou ela. “Estamos empolgados com essas descobertas porque elas fornecem uma nova percepção da fotossensibilidade e agora temos um caminho para alcançar um possível tratamento no futuro.” A especialista disse que seu laboratório continuará a conduzir pesquisas para elucidar melhor os fundamentos biológicos da fotossensibilidade e determinar por que os pacientes com lúpus são suscetíveis à doença.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Hospital for Special Surgery (em inglês).

Fonte: Hospital for Special Surgery. Imagem: Divulgação.

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